
Uma semana após a sessão da CPI da Pandemia que recebeu os irmãos Miranda, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de inquérito para investigar a notícia-crime protocolada por três senadores, que atribui a Jair Bolsonaro a suposta prática de prevaricação na negociação da vacina indiana contra a covid-19 Covaxin.
Na semana passada, o deputado federal Luis Miranda e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, que é servidor no Ministério da Saúde, estiveram na CPI da Pandemia no Senado. Durante a sessão, os dois alegaram que houveram irregularidades na compra da Covaxin.
Na segunda-feira, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabio Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GP) protocolaram a notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) e hoje, na petição, o vice-procurador da República (PGR) Jacques de Medeiros indicou que quer ouvir “os supostos autores do fato” e o compartilhamento de provas com a CPI da Pandema.
Ainda nesta semana, o Ministério da Saúde suspendeu temporariamente o contrato de compra da Covaxin, segundo a pasta, a medida foi tomada por recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU).
Sobre o caso, a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) que enviou representantes à Índia com a intenção de conhecer mais a vacina Covaxin desenvolvida pela Bharat Biotec, divulgou nota afirmando que a diretoria não tem ligação com a negociação entre a Precisa e o Governo Federal e “Em nenhum momento a Diretoria da ABCVAC autorizou ou fez qualquer tipo de pressão em seu nome em esferas governamentais para a liberação da Covaxin”.
*Com informações da Agência Brasil