Pesquisadores, produtores e executivos renomados do mercado da Pitayas e outras fruticulturas se encontram no 2º Simpósio Brasileiro das Pitayas APPIBRAS

O simpósio acontece no início de março na ESALQ-USP em Piracicaba (SP). A programação contempla dois dias de debate e um dia de campo

A Associação dos Produtores de Pitayas do Brasil (APPIBRAS), organizadora do 2º Simpósio Brasileiro das Pitayas, divulga a programação do congresso que debaterá os principais aspectos do cultivo da fruta e contará com especialistas renomados tanto na pesquisa quanto na prática, com a participação de produtores de pitaya.

Voltado para pesquisadores e produtores de todo o país, o congresso está marcado para os dias 3 e 4 de março na ESALQ-USP, uma das mais importantes instituições de ensino agrícola do país, em Piracicaba, São Paulo. A organização também oferecerá um momento para a prática, com a visita técnica a uma área de produção da cultura da fruta prevista para acontecer no dia 5 de março também em Piracicaba.

Fábio Faleiro é Pós-Doutor em Genética e Biotecnologia pela University of Florida. É Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia e Pesquisador da Embrapa Cerrados e atua como professor credenciado no curso de pós-graduação em agronomia da UNB e colaborador em outras universidades. É Doutor e Mestre em Genética e Melhoramento e Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa.

Entre os palestrantes, a organização confirma a presença do Dr. Fábio Faleiro. Ele é um dos nomes mais importantes na área de pesquisa da pitaya no país. Pesquisador da Embrapa Cerrados, o especialista falará sobre “Cultivares e Sistema de Produção de Pitayas”, a palestra será uma oportunidade importante para quem pensa em começar a produzir e trará dicas importantes para quem já é produtor da fruta.

Carlos Watanabe é engenheiro agrônomo, pós graduado em gestão ambiental, pós graduando em solos e nutrição vegetal pelo programa Solloagro da ESALQ. Empresário atuante na área de controle de Vetores e Pragas Urbanas e produtor de pitayas.

Além de pesquisadores e acadêmicos, a programação ainda oferece aos participantes a chance de ouvir produtores de pitaya, como é o caso do engenheiro agrônomo Carlos Watanabe. O produtor apresentará o tema: “Avaliação do uso de microrganismos na produção de Pitayas”.

Confira a programação do 2º Simpósio Brasileiro das Pitayas

Dia 03/03/2023 (6ª feira)

A professora Simone Rodrigues é coordenadora do Grupo de Práticas em Fruticultura e do Programa de Pós-graduação em Fitotecnia da ESALQ/USP vai participar da abertura e vai mediar a mesa redonda ao final do primeiro dia.

08:00 – 8:30: Recepção dos Participantes.

08:30 – 9:00: Solenidade de Abertura – Afif Al Jawabri – Presidente da Associação dos Produtores de Pitayas do Brasil (APPIBRAS) / Profa. Simone Rodrigues da Silva – ESALQ/USP)
09:00 – 09:50: Panorama do cultivo da pitaya no mundo e no Brasil – Eng. Agr. Dr. Dejalmo Nolasco Prestes – APPIBRAS.
09:50 – 10:05: Coffee Break.
10:05 – 11:00: Produção de Pitayas no Oeste Paulista – Eng. Agr. Dr. Nobuyoshi Narita – Pesquisador Científico da APTA/SP.
11:00 – 11:20: Irrigação 4.0: Dados para uma Irrigação mais eficiente – Engenheira Agrônoma MSc. Juliana Polizel – Empresa Pitaya Irrigação.
11:20 – 12:00: Perguntas e respostas.
12:00 – 14:00: Almoço.
14:00 – 15:00: Cultivares e Sistema de Produção de Pitayas – Dr. Fabio Gelape Faleiro – Pesquisador da Embrapa Cerrados.
15:00 – 15:30: Manejo da Nutrição em Pitayas – Eng. Agr. MSc. Decio Shigihara – Empresa Satis.
15:30 – 15:50: Coffee break.
15:50 – 16:35: Manejo Integrado de doenças das Pitayas – Prof. Dr. José Otávio Menten – ESALQ/USP.
16:35 – 17:20: Manejo Integrado de Pragas da Pitaya e Controle Biológico – Eng. Agrônomo Ricardo Sant’Anna Martins – EPAGRI/SC.
17:20 – 18:00: Mesa Redonda e encerramento – Prof.ª Simone Rodrigues da Silva – ESALQ/ USP.

Dia 04/03/2023 (sábado)

Professor Menten ladeado por alunos da Esalq que estão na organização do Simpósio e os proprietários do Espaço Jatobá, onde acontecerá a visita técnica no domingo. Otávio Menten é Pós-doutor em Resistência e Epidemiologia (Holanda), Patologia de Sementes (Dinamarca) e Biotecnologia (Inglaterra). Mestre em Fitopatologia, Doutor em Agronomia, Livre Docente em Proteção de Plantas e rofessor sênior da USP/ESALQ.

08:30 – 09:15: Cultivo da Pitaya para agricultura familiar: Eng. Agr. Eduardo Augustinho dos Santos – IDR/ PR
09:15 – 10:00: Uso de luz artificial em Pitayas – Téc. Agr. Aldenício Paixão Lino / Angola.
10:00 – 10:15: Coffee Break.
10:15– 11:15: Pós-colheita de Pitayas – Prof. Dr. Cesar Valmor Rombaldi – FAEM/UFPel – RS
11:15 – 12:00: Perguntas e respostas.
12:00 – 14:00: Almoço.
14:00 – 14:45: Biofertilizantes e nematicidas biológicos – Prof. Fernando Andreote – ESALQ/USP.
14:45 – 15:30: Avaliação do uso de microrganismos na produção de Pitayas – Eng. Agr. Carlos Watanabe – Produtor/APPIBRAS.

15:30 – 15:45: Coffee Break. 15:45 – 16:30: Mercado da Pitaya para Exportação – Eng. Agr. José Eduardo Brandão Costa – Diretor da ABRAFRUTAS e consultor técnico na

Câmara de Fruticultura do MAPA
16:30 – 17:45: Mesa Redonda – Prof. Dejalmo Nolasco Prestes – APPIBRAS.

05/03/2023 (domingo)

09:00 – 12:00: Visita Técnica à área de Produção de Pitayas: Espaço Jatobá, em Piracicaba, de propriedade da Sra. Helena Christofoleti e do Sr. Jose Angelo Rizzato

Ingressos

Os ingressos para o simpósio e para o transporte para o “Dia de Campo” já estão à venda, o valor está com desconto até o dia 30 de fevereiro. Segundo a organização do evento, a procura está grande e o número de vagas é limitado. Para garantir o seu ingresso, acesse: https://www.sympla.com.br/evento/2-simposio-brasileiro-das-pitayas/1784930

Conheça os outros palestrantes

Dr. Dejalmo Prestes. Fundador e diretor técnico da APPIBRAS. Doutor em Ciências e Tecnologia de Alimentos pela UFPEL. Conhecido como Professor Pitaya, faz sucesso nas redes sociais com dicas sobre o cultivo de Pitayas.

Nobuyoshi Narita é doutor e mestre na área de Horticultura e engenheiro agrônomo. Atua como pesquisador Científico da Apta Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, na área de fruticultura Tropical.

Juliana Polizel é mestre em Avaliação de Impacto e Engenheira Ambiental pela Universidade de São Paulo (USP) consultora em engenharia Ambiental e agente Local de Inovação pelo Sebrae.

Ricardo Martins é agrônomo, mestre em Agro ecossistemas e especialista em Produção Vegetal. Atua como Extensionista Rural na Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina.

Eduardo Santos é mestre em Agronomia. Atualmente é engenheiro agrônomo – Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater.

Aldenísio Lino, é formado em Administração de Empresas e Técnico em Agropecuária. É gestor de produção na Novagrolider em Angola, na África. Realiza no Brasil consultorias em cultivo de pitaya. É pequeno produtor ligado à Agricultura Familiar.

César Rombaldi é doutor em Biologie Moléculaire Végétale e mestre em Technologie Végétale pela Ecole Nationale Superieure Agronomique de Toulouse. Realizou estágio pós-doutoral. É mestre em Ciência e Tecnologia Agroindustrial e agrônomo pela Universidade Federal de Pelotas, onde é professor titular.

Decio Shigihara é engenheiro agrônomo e Doutorando em Solos e nutrição de plantas. Atua na área manejo e nutrição de plantas há mais de 15 anos, realizando suporte técnico à Satis. Possui vasta experiência em diversas culturas. Desenvolve novas tecnologias em consonância ao manejo nutricional da cultura da Pitaya.

José Eduardo é pós graduado em Relações Governamentais e Fruticultura Tropical. Atua na fruticultura há mais de 20 anos. É consultor técnico na Câmara de Fruticultura do MAPA. É também produtor rural na Bahia. Tem o cargo de Diretor Executivo da Abrafrutas (Brazilian Fruit Growers and Exporters Association).

Fernando Andreote é doutor em genética e melhoramento e engenheiro agrônomo. Pesquisador convidado da Universidade de Wageningen, Holanda. Livre docente e professor associado de biologia do solo. Membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências e autor de mais de 150 artigos científicos na área de biologia do solo.

A Pitaya no Brasil

A pitaya é nativa da América Central e das Américas, e começou a ser cultivada em território nacional há 20 anos. Nos últimos anos, com a busca por uma alimentação mais saudável, aumentou a demanda por frutas e o mercado pelas consideradas exóticas ganhou um impulso, como aponta a pesquisa de Mariana Larrondo Bicca, co-orientanda do professor Dejalmo Prestes, diretor técnico da APPIBRAS, no doutorado da UFPEL.

O Brasil produz por ano de 5 a 8 mil toneladas, de acordo com levantamento da APPIBRAS. A versatilidade da pitaya possibilita a plantação da fruta em diversos locais do país. Os estados que mais se destacam na produção são: São Paulo, Pará, Santa Catarina, Minas Gerais e Ceará.

O preço pago ao produtor pelo quilo da fruta pode mudar dependendo da época do ano e da demanda, mas varia entre 5 a 15 reais, sendo uma alternativa promissora para os produtores brasileiros.

Por ser uma fruta de clima tropical, a pitaya está sendo cultivada em todos os estados brasileiros e se adapta bem ao clima temperado. “Hoje nós temos um trabalho muito forte do doutor Fábio Faleiro na criação de novas variedades, ele é pesquisador da Embrapa responsável pelo desenvolvimento de 5 variedades de pitaya”, relata o professor Dejalmo Prestes, que é conhecido nas redes sociais como Professor Pitaya.

Com todas as características e possibilidades, a fruta pode ser cultivada por pequenos, médios e grandes produtores, e a recomendação do professor é buscar “um profissional devidamente habilitado. Um engenheiro agrônomo e um bom técnico para que acompanhe o seu plantio é o caminho para viabilizar o plantio”, aconselha.