Isolamento e quarentena impulsionaram formas digitais de comércio
Um levantamento feito pela empresa PayPal Brasil e pela consultoria de pesquisas BigData Corp divulgado ontem (26) mostra que o comércio online cresceu 40,7% em 2020, chegando a 1,3 milhão de lojas virtuais.
É a maior aceleração do setor desde que a pesquisa foi iniciada, em 2015. Entre 2018 e o ano passado, o aumento havia sido de 37,6%. Especialistas apontam que a expansão do comércio virtual, este ano, ganhou um impulso extra com a quarentena causada pelo novo coronavírus.
“Claro que uma parte do reflexo da pandemia digitalizou bastante consumidores e empreendedores também. Os dois lados da cadeia. A quarentena forçou drasticamente essa digitalização”, ressaltou diretor de Vendas e Desenvolvimento de Negócios do PayPal, Thiago Chueiri.
Para ele, a quarentena forçou especialmente as empresas a aderirem ao modelo de vendas pela internet. “Grande parte é de pequenos empreendedores buscando a sobrevivência nesse novo contexto. Dependiam de um ponto físico e tiveram que se adaptar”, acrescentou.
Outros dados da pesquisa
A maior parte das páginas que fazem vendas na internet (88,7%) é, segundo a pesquisa, formada por pequenos negócios com até 10 mil visitas por mês. As grandes empresas, com mais de meio milhão de visitas mensais, respondem por 8,7% do total de lojas virtuais.
Mais da metade (52,6%) não têm empregados, com apenas os sócios trabalhando na manutenção do empreendimento, e 48% faturam até 250 mil por ano.
O preço médio dos produtos é de até R$ 100 em 76,6% das lojas virtuais. Em 10,7% delas, a faixa média de preços é acima de R$ 1 mil.
A maioria das lojas virtuais estão no sudeste 58,95% dos sites estão em São Paulo.
A maioria das lojas (55,68%) adotam meios eletrônicos de pagamento, incluindo carteiras virtuais.
O diretor do PayPal acredita que existem mudanças de comportamento que serão incorporadas à vida cotidiana após a pandemia. “Você uma vez que experimentou isso, passa a fazer parte do seu cotidiano” ressaltou Chueiri .
*Com informações da Agência Brasil