Orgão está preocupado com o aumento drástico de reclamações devido a esse tipo de compra
Amanhã é uma das sextas-feiras mais esperadas do ano. É a que vai sair a vacina do coronavírus? Não, é o dia em que é realizada a Black Friday no Brasil. Lojas de diversos segmentos estão entrando na onda dessa data e estão com descontos e promoções especiais para o grande dia – algumas adotaram promoções durante toda a semana e até todo o mês.
Contudo, em detrimento da pandemia, desta vez a Black Friday terá um foco muito maior em compras via e-commerce e redes sociais. Com isso, as vendas por aplicativos, bate-papo e por ligação estão em alta. Vale lembrar que todos esses métodos configuram como compra fora do estabelecimento comercial, logo, valem as regras de comércio à distância.
A lei prevê prazo de sete dias corridos para o consumidor desistir de uma compra à distância. Esse tempo para arrependimento começa a contar após o recebimento do produto ou do serviço. Em caso de pedido de devolução, o valor a ser devolvido é o valor total pago pelo consumidor, incluindo o que foi pago pelo frete.
Devido às medidas de isolamento social, o número de vendas online cresceu exponencialmente e junto com elas número de reclamações dos consumidores que usufruíram do serviço. Só no Distrito Federal, o Procon registrou 7.375 atendimentos contra compras online até outubro deste ano, o número de ocorrências é mais do que o dobro em relação ao mesmo recorte de tempo em 2019. A Black Friday deve contribuir para que esse número aumente.
Com o intuito de orientar o consumidor durante o evento, focando nas compras pela internet e pelas redes sociais, o Procon dá cinco dicas para quem quer aproveitar o período de compras sem sair de casa e com mais segurança:
1. Desconfie de preços muito abaixo da média, pois podem ser indícios de fraude. Tenha cuidado com ofertas tentadoras enviadas por e-mail, por SMS ou anunciadas nas redes sociais, especialmente de lojas que você desconhece.
2. Para se certificar que está fazendo uma compra segura, nunca utilize computadores de acesso público. Além disso, para verificar a segurança da página, você deve clicar num cadeado que aparece no canto da barra de endereço ou no rodapé da tela do computador. O endereço da loja virtual deve começar com https://.
3. Ao efetuar as compras, prefira pagar com cartão de crédito, e atenção com sites que só aceitam receber por boleto ou transferência bancária, pois se você tiver problema com a compra, é mais difícil conseguir ressarcimento junto ao banco. Nunca informe seus dados do cartão de crédito pelas redes sociais. Desconfie de lojista que solicita essas informações.
4. Todo site deve exibir o CNPJ da empresa ou o CPF da pessoa responsável, além de informar o endereço físico onde a loja possa ser encontrada ou o endereço eletrônico para que possa ser contatada. A página virtual também é obrigada a disponibilizar um canal para atendimento ao consumidor, o chamado Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).
5. Você pode verificar a reputação da loja junto aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, e na Junta Comercial de sua localidade, assim como pesquisar rankings de reputação em sites, como o www.reclameaqui.com.br. Os comentários de outros consumidores nas redes sociais também podem servir de suporte nesse caso.
O Procon orienta que o consumidor que se sentir lesado ou tiver problema relacionado a compras durante a Black Friday, como descumprimento à oferta, publicidade enganosa, atraso na entrega, ou outro desrespeito ao direito do consumidor, registre queixa nos postos de atendimento do órgão, de preferência, pelo telefone 151 ou e-mail 151@procon.df.gov.br.
* Com informações do Procon