Na manhã sexta-feira (15), Nelson Teich pediu exoneração do cargo de ministro da Saúde. Já à tarde, durante coletiva realizada no Ministério da Saúde, o médico agradeceu ao Presidente pela indicação e não deu motivos para a saída.
“A vida é feita de escolhas e eu escolhi sair. Dei o melhor de mim”, foi assim que Nelson Teich começou o discurso. O médico parabenizou a equipe do ministério e destacou que foi traçado um plano estratégico para estados e municípios – plano que não chegou a ser divulgado publicamente – e sugere que este seja continuado para conduzir a saúde do país.
O foco neste mês foi o combate ao coronavírus, mas Teich afirmou que todo o sistema foi pensado durante o período. Ele falou do auxílio que foi dado aos estados e municípios com a ampliação do número de leitos, dos respiradores, dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e também, do recursos humanos.
Enquanto ministro da Saúde, Teich esteve com os profissionais de saúde que estão atuando na linha de frente e em seu discurso desta tarde, aproveitou para mencionar o trabalho que está sendo realizado por estes profissionais: “é uma luta diária”.
Nelson Teich ainda agradeceu ao presidente pela indicação e disse que foi criado pelo sistema público, o médico foi formado em universidade pública e atuou em hospitais da rede pública. O ex-ministro finalizou: “eu não aceitei o convite pelo cargo, eu aceitei porque eu podia ajudar o Brasil e as pessoas”.
Coronavírus no país
Os números do Covid-19 seguem avançando no país, os últimos dados do Ministério da Saúde indicam que são:
Dados do dia 14/05
▶️ 202.918 diagnosticados com COVID-19
▶️ 109.446 em acompanhamento (53,9%)
▶️ 79.479 recuperados* (39,2%)
▶️ 13.993 óbitos (6,9%)
⏺️ 2.000 óbitos em investigação
A falta de leitos e de estrutura na saúde pública fizeram com que muitos governadores decretassem o endurecimento do isolamento social. São Paulo propôs um novo rodízio de veículos. Belém, Fortaleza e São Luís optaram pelo lockdown para tentar frear a contaminação.
Cloroquina e Isolamento Vertical
Durante esta semana, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina para o tratamento de pacientes com coronavírus. No entanto, nenhum estudo científico atesta a eficácia do medicamento.
O presidente ainda se mostra favorável pela reabertura da economia e pelo fim do isolamento horizontal. Mundialmente, nenhum país adotou essa estratégia. A flexibilização das medidas contra o coronavírus ainda não é comprovada, a Alemanha já experimenta um aumento dos casos após a volta de algumas atividades.
Quem substituirá Teich?
Dois nomes estão cotados para assumir o general Eduardo Pazuello e a médica Nise Yamaguchi. No entanto, ainda não há confirmação oficial. O presidente deverá anunciar um substituto na próxima semana.