Sonda ‘Perseverance’ irá procurar por sinais de vida passada no planeta vermelho e testar tecnologias para futuras missões tripuladas.
A NASA lançou a missão Mars 2020 rumo ao planeta Marte, na manhã desta quinta-feira (30). O Perseverance, sonda de última geração da agência espacial dos Estados Unidos, foi lançada do Cabo Canaveral, na Flórida, em um foguete Atlas 5, em uma missão de US$ 2,4 bilhões para procurar vestígios de uma possível vida passada no planeta vizinho da Terra.
A sonda robótica começa agora uma viagem de sete meses rumo ao planeta vermelho e só deve pousar em 18 de fevereiro de 2021. A missão da Perseverance é analisar a cratera Jezero no hemisfério norte do planeta, onde milhões de anos atrás havia o delta de um rio, e procurar por sinais de que Marte já abrigou vida no passado.
Juntamente com o robô Perseverance, do tamanho de um carro, mas que tem seis rodas, um braço robótico, uma broca e vários instrumentos científicos, seguem os nomes de cerca de 11 milhões de pessoas de todo o mundo, registrados em três microchips, e um mini helicóptero, que irá testar um voo controlado em outro planeta.
Amostras
O robô Perseverance, equipado com câmaras e microfones, que permitem fornecer imagens e sons de sua aterrissagem e do seu trabalho em Marte, vai explorar o planeta durante aproximadamente dois anos, estando apto a recolher até 500 gramas de amostras de rocha, solo e poeira que se revelarem mais promissoras para a pesquisa de vestígios de vida.
As amostras serão acondicionadas pelo veículo em várias dezenas de tubos selados e “limpos” de contaminantes da Terra, podendo cada um guardar 15 gramas de sedimentos ou pedaços de rocha. Os tubos serão depois escondidos no solo marciano, em locais estrategicamente escolhidos.
Será preciso, no entanto, esperar por 2031 para que as amostras sejam enviadas à Terra para serem analisadas pelos cientistas.
Assista o lançamento da Perseverance:
Apesar de inóspito, Marte é considerado o planeta do Sistema Solar mais parecido com a Terra. Estruturas geológicas demonstram que, há muito tempo, água líquida, elemento fundamental para a vida, era abundante na superfície do planeta.
*Com informações da Agência Brasil