Diante do aumento sazonal de vírus respiratórios, o Ministério da Saúde anunciou a liberação de R$ 50 milhões para ampliar o atendimento a adultos com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no SUS. A medida, publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (12), visa reforçar a estrutura hospitalar em um período de maior circulação de agentes como Influenza e Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
Esta é a segunda parcela de recursos temporários destinados ao combate de doenças respiratórias em 2025. Em maio, o ministério já havia repassado R$ 100 milhões para o atendimento pediátrico, com parte dos valores direcionados a Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Com o novo aporte, o total chega a R$ 150 milhões.
Vacinação como principal estratégia
O ministro Alexandre Padilha reforçou a importância da campanha de vacinação contra a gripe, iniciada em abril, como forma de reduzir hospitalizações. “A imunização de grupos prioritários, como crianças, idosos e gestantes, é essencial para evitar casos graves”, afirmou. Mais de 65 milhões de doses estão disponíveis em postos de saúde de todas as regiões, exceto no Norte, onde a campanha ocorrerá no segundo semestre devido à sazonalidade local.
Até 12 de junho, foram aplicadas 36,4 milhões de doses, com cobertura de 38,43% entre o público-alvo. A vacina protege contra os vírus Influenza A e B, principais causadores de complicações, e também contribui para a redução de casos de bronquiolite. Gestantes são um foco especial, já que os anticorpos gerados pela imunização ajudam a proteger recém-nascidos.
Cenário epidemiológico
Dados do último informe epidemiológico mostram que 25 estados registram incidência elevada de SRAG, com o VSR respondendo por 42% dos casos e 12% dos óbitos, enquanto o Influenza aparece em 37% das ocorrências, mas é responsável por 69% das mortes. Entre janeiro e maio, o país contabilizou 82.201 casos e 4.126 óbitos pela síndrome.
Enquanto os casos associados ao VSR apresentam tendência de queda, os ligados ao Influenza seguem em ascensão. Além da vacinação, o ministério recomenda medidas como higiene das mãos, ventilação de ambientes e evitar aglomerações para conter a transmissão. Pacientes com sintomas devem procurar atendimento médico para avaliação precoce.
