Micro e pequenas empresas geram o dobro do número de empregos em janeiro de 2021

Janeiro
Créditos: Heloisa Ballarine/Secom

Janeiro torna-se o sétimo mês consecutivo em que os pequenos negócios lideram a produção de novas vagas de emprego no país

Desde o início da pandemia da covid-19, o microempreendedorismo tem se mostrado como uma das principais alternativas para o desemprego nacional. Como o resultado das ações demanda um prazo para ser visualizado, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) anunciou na última sexta-feira (19), que no último mês de janeiro, as micro e pequenas empresas geraram quase o dobro do número de empregos. No total, foram aproximadamente 195,6 mil vagas em comparação com 103,9 produzidas no mesmo período de 2020.

Em razão do indicador, já é o sétimo mês consecutivo que os pequenos negócios lideram a geração de postos de trabalho no país. O saldo positivo correspondeu no primeiro mês do ano, 75$ de todos os 260,3 mil novos postos de trabalho criados ao longo do mês. Por outro lado, as médias e grandes empresas ficaram com um resultado negativo em 2020, de 2.887 postos de trabalho encerrados, para 41,6 mil novos empregos criados também em janeiro.

No último mês de janeiro, os setores que mais contribuíram para os saldos positivos foram Serviços, Indústria de Transformação e Construção. Esses resultados valem tanto para as MPE quanto para as MGE. A divergência ocorreu no setor do Comércio. Enquanto as MPE apresentaram saldo positivo de 27,4 mil, as médias e grandes tiveram um saldo negativo de 21,3 mil vagas.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, celebrou as novas vagas no mercado de trabalho formal e voltou a defender a imunização em larga escala pra dar continuidade ao processo de retomada da economia. De acordo com o chefe da pasta, os dados do Caged e a alta de 1,04% no  Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), mostram que a economia está em expansão e acima das expectativas dos analistas.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o resultado do Caged de janeiro e a performance dos pequenos negócios confirmam a força e a importância desse segmento para a economia brasileira. “Em 2020, foram as micro e pequenas empresas que sustentaram o nível de emprego no país. Esse ano não deve ser diferente. Por isso é tão importante a continuidade do trabalho que o governo federal e o Congresso têm feito com o desenvolvimento de novas políticas públicas de apoio ao empreendedorismo”, comenta Melles.

Nesse sentido, o presidente do Sebrae ressalta propostas importantes que tramitam no Congresso, como a criação de um Refis para as pequenas empresas e de uma moratória (parcelamento) dos tributos para os pequenos negócios. “Acreditamos que diante da perda de faturamento provocada pela nova onda de Covid-19, esses empreendedores vão precisar de um fôlego maior para se manterem de pé”, conclui.

As cinco unidades da federação que proporcionalmente mais geraram empregos foram Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina, Roraima e Rio Grande do Norte. Todos esses estados geraram pelo menos 17 novos empregos a cada 1.000 postos de trabalho já existentes. Os estados que proporcionalmente menos geraram empregos foram São Paulo, Minas Gerais, Amapá, Rondônia, Rio de Janeiro e Amazonas. Tirando Amazonas, que apresentou saldo negativo, os demais geraram menos que sete novos empregos a cada 1.000 postos de trabalho existentes.

*Com informações da Agência SEBRAE de Notícias.

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