Em nova portaria, MEC aponta data para o retorno das atividades presenciais nas instituições federais. Ontem (7), UnB decidiu que irá manter aulas remotas para o primeiro semestre de 2021
O Ministério da Educação (MEC), em portaria publicada no Diário Oficial da União, determinou uma nova data para a volta às aulas presenciais nas instituições federais. A partir de 1º de março do próximo ano, alunos e professores devem sair do modo digital para as salas de aula reais.
De acordo com a portaria, as atividades devem ser realizadas de forma presencial sendo “recomendada a observância de protocolos de biossegurança para o enfrentamento da pandemia de Covid-19”.
As instituições poderão utilizar recursos tecnológicos, no entanto, a portaria orienta que: “os recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação ou outros meios convencionais poderão ser utilizados em caráter excepcional, para integralização da carga horária das atividades pedagógicas, no cumprimento das medidas para enfrentamento da pandemia de Covid-19 estabelecidas em protocolos de biossegurança.”
A portaria anterior, publicada no dia 2 de dezembro, orientava o retorno às aulas já em janeiro, mas a pressão das instituições fez com que o ministério revogasse a decisão. Mesmo com a nova norma, as instituições possuem autonomia para escolher se vão seguir a orientação do Governo Federal ou se continuarão usando a tecnologia.
UnB segue com aulas remotas
Nesta segunda-feira (7), a Universidade de Brasília decidiu manter as aulas remotas para o próximo semestre. A decisão foi tomada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da instituição. Os docentes estão preocupados com o avanço da pandemia e “Não vamos ter cobertura vacinal que nos proteja já no próximo semestre”, afirmou o professor Wildo Navegantes, epidemiologista e integrante do Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde da Covid-19 da universidade.
O reitor em exercício, Enrique Huelva, defendeu que “diante de toda essa oscilação externa, precisamos ter muita firmeza interna, baseada em dados, planejamento e sempre tendo em vista a saúde da nossa comunidade e o andamento acadêmico dos nossos estudantes, em especial os formandos”.