Hospital de Transição: Um novo conceito de saúde chega a Brasília

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Como será o futuro hospital da rede Placi em Brasília. Imagem: Divulgação

Brasília recebe, a partir de março de 2023, uma nova rede hospitalar que traz o conceito de hospital de transição

Os tipos de hospitais são importantes por setorizar os tratamentos adequados às demandas da comunidade. Por exemplo, o hospital tradicional de emergência e cirurgia destina-se ao diagnóstico e tratamento das doenças agudas ou graves. Com a evolução das novas tecnologias e procedimentos médicos, os hospitais precisam se diferenciar e especializar. E assim surgiram novas demandas de assistência e a necessidade de um ambiente voltado para a recuperação, reabilitação e continuidade de cuidados. É neste contexto que se desenvolveram os hospitais de transição ou, como conhecidos lá fora, hospitais de cuidados pós-agudos. Sendo que este último formato de hospital não é tão comum e consolidado no Brasil quanto o primeiro.

Um hospital de transição propõe opções de tratamento para além do convencional, como o Hospital Placi Cuidados Extensivos que é pioneiro no Brasil nos conceitos de transição. O Placi atua como uma continuação ao tratamento hospitalar para pacientes que passaram da fase aguda da doença, mas que ainda precisam de atenção especializada. A rede possui unidades no Rio de Janeiro e está em expansão para o Lago Sul, em Brasília. Ficará localizado no Neo Life, um centro integrado de saúde, planejado e implantado de forma inovadora para atender às demandas do setor de saúde, em uma região com tradição na área.

A diferença dos hospitais da Rede Placi para outras instituições tradicionais de saúde está na forma como é conduzida a reabilitação. “Ajudamos pessoas que estão muito debilitadas pela doença e altamente dependente de cuidados a recuperarem sua capacidade física e autonomia e adquirirem condições de voltar para casa em segurança”, explica o CEO da rede, Carlos Chiesa. Este processo requer profissionais prontamente disponíveis, como médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e fonoaudiólogos para que o processo de recuperação seja feito com excelência.

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Foto: Divulgação

Chiesa afirma que a escolha de investir em Brasília, além de fazer parte do plano de expansão do Hospital Placi, foi diante da importância e oportunidades que o Distrito Federal e região apresentam. “Não é possível pensar em expansão nacional sem priorizar Brasília. A construção de um hub de saúde no DF é algo concreto, pois os principais grupos de saúde nacional e internacional já estão aqui. A visão de que o DF está a constituir um local de alta qualidade técnica em medicina e saúde e que pode atuar com o turismo saúde para as regiões Centro-oeste e Norte do país é o grande diferencial”, explicou o CEO da rede.

Para os critérios de admissão do paciente, a rede Placi não limita, mas sim busca ao máximo o ganho funcional daquele indivíduo, independente das doenças serem muito avançadas. Seja por doenças clínicas, por acidente com sequelas motoras graves, ou por doenças neurológicas e progressivas que vão levando a perda funcional ao longo do tempo. “É frequente termos pacientes ainda com feridas, extensas ou pacientes dependentes do respirador. Nosso objetivo é exatamente reduzir essa dependência ou permitir a retirada do respirador, por exemplo”, conclui Chiesa.

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O hospital também trabalha na readequação dos cuidados. “A gente tenta o máximo possível adequar toda a medicação do paciente e readequá-lo à essa nova situação de vida”, explica Chiesa. A equipe médica ensina o paciente a se cuidar mesmo que haja algum grau de dependência envolvendo a alimentação, o ato de se vestir e a higiene pessoal. O trabalho consiste em capacitar e orientar a família a cuidar daquele ente querido, com ações do dia-a-dia que se tornam essenciais, como alimentar da forma adequada por uma sonda, como dar banho corretamente, como fazer um curativo e como tirar do leito em segurança. “Esse é um um trabalho intenso que nós fazemos, inclusive que tem uma frequência maior do que o trabalho de reabilitação propriamente dito e que é extremamente necessário, especialmente no contingente de pessoas mais idosas que vem sendo cada vez mais frequente”.

Com a progressão do conhecimento médico e de técnicas científicas, além de novos medicamentos, o hospital hoje consegue oferecer não só qualidade de vida, mas uma longevidade maior dos pacientes, que com os anos vão se tornando mais frágeis e suscetíveis a eventos agudos, como uma infecção ou um acidente, pois o processo de recuperação é mais longo. “A nossa especialização está em ajudar essas pessoas a se recuperarem ou a apoiá-las enquanto o processo de recuperação, para que ela não precise ficar num hospital de cuidados agudos”.

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