Governo Federal divulga plano de vacinação contra a Covid-19

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O Presidente Jair Bolsonaro participa do lançamento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19. Foto: Isac Nóbrega/PR

Jair Bolsonaro pediu mais união entre os governadores e Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, disse que a vacinação nacional contra o coronavírus pode começar em fevereiro do próximo ano

Nesta manhã (16), o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 foi apresentado em uma cerimônia no Palácio do Planalto. O presidente da República, governadores, o ministro da Saúde e outras autoridades estavam presentes.

Jair Bolsonaro, durante discurso, dirigiu a fala dele aos governadores, e muitos estavam presentes. “A grande força é a união para buscar a solução de algo que nos aflige há meses. Se algum de nós extrapolou ou até exagerou, foi no afã de buscar solução. Realmente [a pandemia] nos afligiu desde o início. Não sabíamos o que era esse vírus como ainda não sabemos em grande parte. E nós todos, irmanados, estamos na iminência de apresentar uma alternativa concreta para nos livrarmos desse mal: o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”, disse o presidente.

No discurso, o Chefe do Executivo destacou a união entre os governadores e o trabalho que vem sendo realizado para controlar a pandemia do coronavírus. “Muitas pessoas trabalharam nesse objetivo [obter soluções para a situação pandêmica]. A grande maioria, anônimas. Mas foram essenciais para chegarmos nesse dia. Todos aqui têm responsabilidade na busca de solução para esse problema”, afirmou.

O plano de vacinação

O documento está dividido em dez eixos e aborda os grupos prioritários; quais vacinas foram compradas pelo governo; como será a logística de distribuição pelo país e quais são as estratégias de comunicação. No entanto, o plano não menciona a data para o início da vacinação, a previsão foi mencionada depois por Eduardo Pazuello.

De acordo com o governo, serão quatro grupos prioritários, que representam 50 milhões de pessoas. Incluindo 5% de perdas o total de doses deve ser de 108,3 milhões, pois cada pessoa deverá tomar duas doses, com intervalo de 14 dias entre a primeira e segunda injeção.

A fase 1 contempla os trabalhadores da saúde, pessoas acima de 80 anos, pessoas de 75 a 79 anos e indígenas maiores de idade. A segunda fase será formada por pessoas de 70 a 74 anos, 65 a 69 e 60 a 64.

A fase 3 inclui pessoas que tenham acima de 18 anos e apresentem as seguintes comorbidades: hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer e obesidade grave (IMC maior ou igual a 40).

O último grupo contempla os professores do nível básico ao superior, funcionários do sistema prisional e pessoas das forças de segurança e salvamento.

O Ministério da Saúde afirmou que estes grupos poderão ser alterados posteriormente.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, concede entrevista coletiva após anúncio do Plano Nacional de Operalização de Vacinação contra a Covid-19. Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Início da vacinação? 

O chefe da pasta, Eduardo Pazuello, acredita que a campanha de vacinação pode ter início em fevereiro de 2021. A data pode ter alteração a depender dos laboratórios, pois as empresas precisam cumprir as fases burocráticas até o fim do ano.

“Se mantido o que o Instituto Butantan e a Fiocruz previam, ou seja, se a fase 3 dos estudos e toda a documentação das fases 1 e 2 forem apresentados e os registros das vacinas forem solicitados à Anvisa ainda em dezembro, nós, possivelmente, teremos as vacinas em meados de fevereiro para dar início ao plano [de imunização]”, explicou o ministro.

Pazuello ainda disse que não haverá obrigatoriedade da vacina e quem optar em tomar a vacina, deverá assinar um termo de consentimento. O ministro esclareceu que o documento é necessário, pois a vacina deverá ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em situação emergencial.

“Durante as campanhas de vacinação as pessoas não chegam a um posto de vacinação e assinam um termo de consentimento para tomar a vacina. Já o uso emergencial não é como uma campanha. Ele fica limitado a grupos específicos, que são voluntários. Logo, se um laboratório solicitar e a Anvisa autorizar o uso emergencial de alguma vacina [antes que ela tenha cumprido todas as etapas burocráticas prévias ao registro], as pessoas que participarem terão sim que assinar o termo de consentimento. E somente nestes casos”, explicou.

*Com informações da Agência Brasil

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