Forte de Copacabana, programão para turistas e cariocas

Visitar o Forte de Copacabana é um programão para turistas e cariocas. A localização privilegiada garante uma das vistas mais bonitas do Rio, e o lugar tem muita história para contar. Hoje, abriga uma filial da Confeitaria Colombo e o Café 18 do Forte – eleito o melhor café da manhã da cidade pelo prêmio Veja Rio Comer & Beber. O nome da casa faz referência ao episódio que completa 1 século este ano, em que 17 militares e um civil sacrificaram suas vidas em nome da democracia e contra as oligarquias. Os 18 do forte também são lembrados em duas exposições permanentes, que completam as atrações deste saboroso programa cultural e gastronômico. Saiba o que encontrei por lá na coluna Contexto Carioca! 😉Forte de Copacabana

O Café 18 do Forte é o atual vencedor do prêmio Veja Rio Comer & Beber na categoria melhor café da manhã

Até o ano passado, eu nunca tinha entrado no Forte de Copacabana. Minhas referências do local eram a cachoeira de fogos no réveillon e a fachada principal, que volta e meia testemunha meus passeios de bike entre Ipanema e Copa. Somente no último Dia das Mães é que fui conhecer o lugar, quando tentamos tomar um café da manhã na filial da Confeitaria Colombo. Inocentes, não sabíamos o tamanho do problema… Nós até conseguimos evitar a enorme fila de entrada, por conta da prioridade com o bebê de colo. Mas não tivemos como encarar a espera por uma mesa e o programa foi frustrado. Mas na segunda tentativa escolhemos uma data menos concorrida: meu aniversário e Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Aproveitamos a entrada gratuita às terças e, dessa vez, fomos em busca do premiado Café 18 do Forte.

Forte de Copacabana
Boa gastronomia e uma linda vista ao ar livre são algumas das atrações do Forte de Copacabana

Apesar de ser um dia comum, no meio da semana, quase não havia mesas disponíveis. A casa abre às 10h e não faz reservas, então é bom chegar cedo para garantir um bom lugar. Chegamos por volta das 11h30 e, a princípio, não conseguimos ficar junto à mureta. Mas depois de negociar com uma das gerentes, consegui mudar para uma mesa melhor, garantindo “a foto perfeita”. Percebemos a presença de muitos turistas estrangeiros e brasileiros, mas também de cariocas. “Aqui é legal porque parece que estamos viajando”, comentou minha esposa e eu concordei. O clima é realmente maravilhoso.

Forte de Copacabana
A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana completa 1 século este ano: mártires da democracia

Fomos direto ao assunto e pedimos o “Café do Forte para 2 pessoas” (R$ 124): seleção de pães quentinhos do dia acompanhados de manteiga Aviação, ricota fresca da casa, frios, ovos caipiras mexidos, crumble de bacon, iogurte e granola da casa, bolo do dia, bolinhos de chuva com doce de leite e geleia + 2 bebidas quentes (escolhemos capuccino e macchiato). Tudo estava muito bom (destaque para o iogurte com frutas, granola e mel) e a quantidade foi satisfatória. Ficamos saciados quase o dia inteiro! A qualidade dos pães era muito boa, mas eu – que não sou muito fã de bolos doces pela manhã – fiquei sentindo falta de mais pães salgados. Isso não chegou a atrapalhar, e creio que o prêmio concedido à casa seja merecido!

Forte de Copacabana
Turistas visitam a exposição permanente das antigas instalações militares do forte

As atrações não param por aí. No Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana, a exposição permanente “O Exército na Formação da Nacionalidade” apresenta a história do Brasil sob a ótica militar, retratando os principais fatos desde o período colonial até a República. Outra exposição acontece nas instalações do antigo forte: é possível saber como era o funcionamento de cada setor e sentir o clima claustrofóbico em que trabalhavam os militares. A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana é lembrada nas duas exposições. Na primeira, com bonecos em tamanho real. Na segunda, uma grande fotografia estampa uma das paredes.

Forte de Copacabana
O terraço tem o grande canhão e um cenário perfeito para aquela ‘selfie’

O grand finale fica por conta do terraço, onde está o grande canhão e do qual se tem uma visão ampla em 180 graus. O céu, o mar, a cidade… As pessoas e suas armas, sempre se defendendo de inimigos. Guerras que parecem infinitas entre as forças que concentram a riqueza e aquelas que pretendem partilhá-la… Nada como um dia “comum”, no meio da semana, para pensar no quanto a vida pode ser linda e trágica. Nada como um aniversário para nos lembrar do tempo, que ele passou e sempre passará. Nada como um belo dia de sol para nos lembrar que muitos perderão suas vidas, lutarão em vão. Tantos outros sequer terão tempo de lutar. Viva o centenário dos 18 do forte, vivam as centenas de milhares de homens e mulheres fortes que resistem bravamente a esta luta diária, injusta e desigual.

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