FEA: já ouviu falar do Fenótipo Ampliado do Autismo?

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Especialista explica o que é e como identificar. Cuidados podem ser tomados em casa e na escola

Uma em cada 100 crianças têm diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Geralmente, essa descoberta é feita ainda na primeira infância, por isso, pais e responsáveis devem estar atentos aos sinais, que incluem diversos sintomas. Entre eles: a falta de interação social, movimentos e palavras repetitivas, reação inadequada a sons, cheiros, sabores e texturas e o atraso de fala.

De acordo com a neuropsicóloga, da Clínica Neurodesenvolvendo, Thays Stephanie, é muito comum que após o diagnóstico de autismo, os pais e responsáveis comecem a observar algumas características semelhantes em outros membros ou neles mesmos. “As pessoas ao redor do autista, podem notar um retraimento social, o apego a algumas rotinas, e a dificuldade de lidar com algumas mudanças do dia a dia, isso pode também caracterizar uma pessoa que está dentro do fenótipo”, destaca.

Mas o que é o Fenótipo Ampliado do Autismo ou Fenótipo Expandido? Stephanie afirma que ao contrário do diagnóstico completo do transtorno do espectro autista, que requer o cumprimento de todos os critérios do DSM-5, o fenótipo ampliado pode incluir apenas algumas dessas características. Segundo Thays, apesar dos sinais, somente uma boa avaliação com um bom profissional pode distinguir o que é sintoma, o que é do contexto do indivíduo e o que é comportamental, mas é importante lembrar que nem todas essas características fazem com que a pessoa entre e preencha os critérios para diagnóstico de TEA.

“Mesmo na ausência de um diagnóstico completo, os prejuízos funcionais podem persistir, limitando as habilidades para trocas sociais, relacionamentos, desempenho acadêmico e bem-estar emocional”, destaca. Ela complementa que assim como o autismo, há comorbidades frequentemente associadas ao FEA, que incluem ansiedade, transtornos de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) , entre outros. “Essas comorbidades podem impactar a intervenção ao exigir abordagens terapêuticas adaptadas às necessidades individuais de cada criança”, pontua.

Tratamento
De acordo com a neuropsicóloga, as medidas mais eficazes para as crianças com FEA variam, mas geralmente incluem intervenções comportamentais, como a análise do comportamento aplicada (ABA) e terapia cognitivo-comportamental (TCC). 

Além disso, em casa, os pais podem implementar estratégias de apoio e comunicação clara. “Na escola, é essencial um ambiente inclusivo com suporte de professores treinados e planos educacionais individualizados (PEI) que abordem as necessidades específicas da criança com FEA”, conclui.

 

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