Desenrola Brasil: Especialista vê programa como movimento positivo para a economia

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Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

De acordo com Gabriel Ramalho, fundador da Universidade Gerando Resultados, a iniciativa possibilitará o alívio das dívidas e a criação de novas linhas de crédito

Recentemente, o Governo Federal deu início ao programa Desenrola Brasil, uma iniciativa abrangente que promete aliviar as dívidas de brasileiros que, atualmente, constam como inadimplentes perante aos órgãos de proteção ao crédito. Com foco em promover a equidade social e econômica, o programa se divide em duas etapas de beneficiários.

Na primeira etapa, que teve início no dia 17 de julho, pessoas que recebem até dois salários-mínimos ou estão inscritos no Cadastro Único terão a oportunidade de renegociar parte de suas dívidas. A segunda etapa, por sua vez, auxiliará inadimplentes com dívidas feitas até o dia 31 de dezembro de 2022, com renda de até R$ 20.000. Os bancos deverão conceder um parcelamento mínimo de 12 meses.

Inicialmente, o programa Desenrola Brasil contemplará pessoas com dívidas bancárias, como empréstimos, cartões de crédito e financiamentos. Débitos de consumo como compras em lojas e contas mensais devem fazer parte da iniciativa a partir do mês de setembro.

De acordo com Gabriel Ramalho, fundador da Universidade Gerando Resultados,as renegociações podem ser feitas em conjunto com os bancos e instituições financeiras, seja remota ou presencialmente. “Para estimular os bancos, o governo federal está dando um incentivo regulatório de crédito tributário. Com isso, existe uma tendência de bons descontos e condições especiais de parcelamento”, revela.

O especialista acredita que essa é uma boa oportunidade para fechar acordos com valores menores e condições mais flexíveis. “Isso irá possibilitar que essas pessoas limpem seus nomes e voltem a comprar e ter acesso a crédito. No entanto, é importante se comprometer com uma parcela que, de fato, podemos pagar. Caso o contrário, corre-se o risco de ter o nome novamente incluído nos órgãos de proteção”, alerta.

Para Ramalho, a iniciativa será benéfica, também, aos bancos listados na Bolsa de Valores. “A expectativa do programa, apenas nessa primeira etapa, é de beneficiar aproximadamente 30 milhões de devedores. Ou seja, mais pessoas com o nome limpo e utilizando novamente as linhas de crédito para realizar suas compras e aquisições. Além disso, as instituições financeiras poderão usar esses acordos como créditos tributários de forma antecipada em seu balanço, resultando em números mais expressivos. Vale lembrar, no entanto, que a adesão ao programa pelos bancos e beneficiários é voluntária”, finaliza.

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