Com alta de preços, pais precisarão ser criativos no Dia das Crianças

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A corrida pelo presente já começou? Foto: Fernanda Frazão/Agência Brasil

O Dia das Crianças está chegando e neste ano, a dica para pais e responsáveis e ser criativos para driblar os aumento de preços dos brinquedos

O Dia das Crianças de 2022 vem gerando expectativas diversas, de um lado a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) aposta na data e projeta um crescimento nas vendas maior do que no ano passado, já a Confederação Nacional do Comércio (CNC) prevê um recuo nas vendas de 3,1% em comparação com 2021.

Nos shoppings, de acordo com a associação, a movimentação deve ser de R$ 13,7 bilhões, resultando em incremento de R$2,7 bilhões maior, quando comparado com 2021.

De acordo com a Alshop, os principais locais de compra são principalmente as lojas físicas em shoppings centers, shoppings populares e também nas lojas de rua. Já o e-commerce continua crescendo como canal de vendas, e será o principal meio de pesquisa de preços. 

A grande vantagem do shopping no Dia das Crianças está na união de serviços e áreas de lazer para crianças (com jogos eletrônicos e parques indoor) que recebem os visitantes com suas famílias. “O tíquete médio em alta reflete mais a frequência do consumidor nos centros de compra onde ele pode agora sem restrições levar o filho ao parque e depois na praça de alimentação. Como consequência, as lojas de vestuário, calçados, presentes e claro, brinquedos, ficam mais movimentadas e propensas a uma boa movimentação do comércio”, diz Luis Augusto Ildefonso, diretor institucional da Alshop. 

Para a entidade, o dia das crianças servirá como um “termômetro” para duas datas importantes dos próximos três meses: a Black Friday e o Natal. “Tudo indica que voltaremos ao patamar de 2019, provavelmente com algum incremento de faturamento ainda que seja pequeno”, completa. 

De acordo com os dados da CNDL, 79% dos consumidores pagará os produtos à vista e 43% pretendem pagar parcelado, sendo que as principais formas de pagamento serão 39% cartão de crédito, 35% PIX, 34% cartão de crédito e 34% em dinheiro.

“O cenário econômico é ligeiramente positivo uma vez que temos desemprego abaixo dos 9%, tendência de crescimento da economia em 4% e inflação reduzida em relação ao prognóstico do início do ano. Mas mesmo diante dessas dificuldades, os associados da Alshop estão com uma expectativa otimista”, finaliza o diretor institucional da entidade.

Mais expectativas

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, reforça que “o varejo chega à terceira data comemorativa mais importante do seu calendário, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães, com a circulação de consumidores já normalizada em relação ao Dia das Crianças anterior à pandemia de covid-19. De qualquer forma, o reajuste dos preços dos produtos mais procurados para a data deve impactar as vendas deste ano”.

De acordo com o levantamento da confedereção, o preço dos brinquedos subiu cerca de 20%, 17,6% no valor dos tênis e 15% nos sapatos infantis. Foram avaliados onze itens e apenas os videogames apresentaram uma redução de preço de 1,3% em comparação com o período anterior.

A aposta da CNC para a data está no segmento de vestuário e calçados, e segundo a projeção, deverá representar 29% do volume de vendas, representando R$ 2,44 bilhões. Eletroeletrônicos e brinquedos aparecem em segundo lugar, com 27%, equivalentes a R$ 2,2 bilhões.

A CNC ainda destaca que São Paulo (R$ 2,6 bilhões), Minas Gerais (R$ 826,5 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 741,1 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 702,7 milhões) deverão responder por quase 60% do total movimentado com o Dia das Crianças em 2022. No entanto, o Espírito Santo lidera o maior avanço regional em comparação com 2021, com alta de 5,6%.

E agora, pais?

A inflação vem sendo um desafio para pais e responsáveis no cotidiano, e para o Dia das Crianças não será diferente. Para que as crianças não deixem de celebrar a data, o educador financeiro Tiago Cespe lembra que: “Existem diversos programas que podem ser feitos com as crianças sem precisar gastar muito, como por exemplo, um piquenique no parque, assistir uma peça de teatro com entrada franca ou até mesmo algumas sessões de cinemas, que costumam ter promoções nesse dia”.

Se o presente faz parte da programação, o educador financeiro recomenda não deixar para a última hora, afinal, o consumidor pode se deparar com aumento de preços. “Dependendo da região ou até mesmo do local onde a loja está localizada os preços podem subir ainda mais, então se for possível, o ideal é sempre comprar tudo com antecedência”, diz Cespe.

Mas e se o dinheiro estiver curto? Os pais ou responsáveis precisam ser criativos e podem proporcionar um dia divertido dentro de casa, seja assistindo um filme, jogar jogos de tabuleiro, preparar algumas brincadeiras ou até mesmo encenar uma peça.

“O que vale é curtir o momento, independentemente de dinheiro, pois quando elas crescerem, elas vão se lembrar do dia com muito saudosismo e lembrança, e esse sentimento não tem preço ou valor”, finaliza Tiago Cespe.

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