
O Colégio Sigma, em Brasília, celebrou um desempenho excepcional na edição de 2025 da Olimpíada Canguru de Matemática, uma das maiores competições estudantis do mundo. Com um crescimento de 84% em relação ao ano anterior, a escola somou 414 medalhas, incluindo premiações de ouro, prata, bronze e certificados de mérito. Em 2024, o número havia sido de 225 reconhecimentos.
A competição, que avalia raciocínio lógico e resolução de problemas, atrai estudantes do 3º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio. No Brasil, sua popularidade vem crescendo significativamente: desde 2019, o número de participantes aumentou 229%, ultrapassando 1,5 milhão de inscritos este ano. As escolas particulares respondem por 58% das inscrições e concentram 70% dos competidores.
Marcelo Almeida, professor e coordenador de Matemática do Sigma, destacou o papel transformador das olimpíadas do conhecimento. “Elas são uma ferramenta poderosa para valorizar a aprendizagem, identificar talentos e incentivar a excelência acadêmica”, afirmou. Para ele, além do aspecto competitivo, essas iniciativas proporcionam experiências únicas aos alunos. “Muitos têm, pela primeira vez, a oportunidade de enxergar o raciocínio e a criatividade como habilidades admiráveis, o que gera motivação e autoconfiança”, explicou.
Almeida também ressaltou o impacto positivo nas escolas que incentivam a participação em competições acadêmicas. “O nível de ensino se eleva, tanto entre os estudantes quanto entre os professores, criando um ambiente mais desafiador e estimulante”, disse. Além disso, ele enfatizou o potencial social dessas olimpíadas, que podem revelar talentos em situações de vulnerabilidade e abrir portas para bolsas de estudo e oportunidades em universidades renomadas.
A agenda de competições segue movimentada: no início de junho, os estudantes participaram da primeira fase da OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas) e, no segundo semestre, representarão a escola na OMDF (Olimpíada de Matemática do Distrito Federal). “Estamos orgulhosos dos resultados e confiantes no potencial dos nossos alunos”, concluiu o coordenador.