Martine Grael e Kahena Kunze repetem o feito do Rio 2016 e levam o ouro em Tóquio
Elas precisavam na última regata terminar na frente do barco das holandesas para terminar no lugar mais alto do pódio. Martine Grael e Kahena Kunze passaram o barco holandês e terminaram em terceiro e, no critério de desempate, a dupla brasileira da vela conquistou o ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, feito que tinha acontecido no Rio em 2016.
Com a nova conquista, a vela brasileira soma 19 medalhas olímpicas na história, sendo oito ouros, três pratas e oito bronzes. As atletas agora se igualam a Adhemar Ferreira da Silva, lenda do salto triplo, e a Sheilla, Jaqueline, Fabi, Fabiana, Paula Pequeno e Thaisa, do vôlei, como os únicos bicampeões olímpicos brasileiros em Jogos seguidos.
As brasileiras também entram em um grupo de 15 atletas com dois ouros em jogos, que incluía dois velejadores bem conhecidos da dupla, Torben Grael, pai de Martine e chefe da equipe, e Robert Scheidt.
“É uma honra estar no mesmo patamar de nomes que fizeram a história do esporte olímpico brasileiro. Ainda não caiu a ficha. Ter o Robert aqui mostrou pra gente que não tem idade, se você tem vontade, se você está preparada para aquilo, você pode fazer. A gente não começou bem a nossa semana, mas fomos indo, batalhou cada regata e mostrou que a gente conseguiu chegar ao objetivo”, disse Kahena.
“A gente ter o Torben e o Robert aqui é ainda mais emocionante porque, para mim, eles são nossos ídolos. Ter eles aqui e ser bicampeã olímpica é indescritível”, completou Martine.
E Torben Grael não poderia querer outro presente de Dia dos Pais, não é mesmo? Orgulhoso, medalhista olímpico por cinco vezes celebrou: “você quando está competindo, está entretido. Não tem muito espaço pra emoção. Quando está de fora assistindo não tem nada pra fazer, só torcer. E é muito mais emocionante pra mim ver uma medalha dela do que ganhar uma medalha porque ver meus filhos bem-sucedidos é muito bom”.