75 milhões de brasileiros já fizeram um ‘Pix’

Créditos: Marcello Casal Jr/Divulgação

Já fez Pix? O novo método de transferência já superou a soma de transações via TED, DOC, cheque e boleto

Rápido e fácil, o Pix faz parte da digitalização dos meios bancários e completando seis meses de funcionamento, o novo método já foi utilizado por 75 milhões de pessoas, representando 45% da população adulta do país. O número é do Banco Central e confirma o sucesso da modalidade.

Apenas no mês de abril deste ano, o Pix superou a soma das transações feitas pelos métodos antigos, como TED, DOC, cheque e boleto. No total, foram 1,5 bilhões de transações, que movimentaram mais de R$ 1 trilhão.

O Pix contribuiu para a digitalização de negócios e facilitou pequenas transações, e José Luiz Rodrigues, especialista em regulação do mercado financeiro e sócio da JL Rodrigues & Consultores Associados entende que “os outros meios de pagamento continuarão a existir, mas há um entendimento de que o Pix poderá substituir determinados comportamentos financeiros conforme a popularização do seu uso. Por exemplo, a partir do momento em que o Banco Central colocou os custos das transações para patamares muito baixos com o Pix, ele está proporcionando melhores condições para que até aquelas pequenas transações, típicas de prestadores de serviços autônomos ou locais, como padaria, açougue, vendedores de porta, também possam ser realizadas neste novo ambiente digital”.

A tendência para o futuro é que a circulação do dinheiro físico seja reduzida, mesmo que hoje o papel moeda seja muito presente na carteira dos brasileiros. Outro impacto com o Pix é a mudança dentro das entidades bancárias.

“As instituições financeiras estão tendo uma mudança de receita, por exemplo. Se antes elas faturavam por valores transacionados nos meios tradicionais, como TED, DOC ou boleto, hoje elas ganham por quantidade de transações. Essa nova realidade também cria um ambiente mais competitivo, com mais segurança, onde os bancos tradicionais, as instituições de diferentes portes, fintechs, insurtechs e demais startups disputarão mercado por igual, e levará vantagem aquela prestadora de serviços que puder oferecer qualidade com menores custos e de maneira mais criativa”, disse.

Por mais que o Pix abra a porta para a tecnologia, para José Luiz Rodrigues, especialista em regulação do mercado financeiro e sócio da JL Rodrigues & Consultores Associados ainda é preciso trabalhar para a inclusão social para que mais pessoas possam desfrutar da nova modalidade. “Junto com o Pix, é necessário proporcionar condições para que a população faça uso da ferramenta, como, por exemplo, acesso à internet, pacotes de telefonia mais baratos. Falamos em substituição do uso do dinheiro físico, mas o Brasil tem dimensão, e diferenças sociais e culturais muito grandes. O uso do dinheiro permanecerá por um longo tempo ainda e tende a diminuir à medida que a população tenha mais acesso a dispositivos e internet”.

 

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