Abraham Weintraub confirmou, hoje à tarde, a saída do Ministério da Educação (MEC). O economista ocupou o cargo por 14 meses e deixa o governo após ter o nome envolvido em muitas polêmicas. O ex-ministro está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das Fake News. No início da semana, ele foi multado pelo DF Legal por estar na rua sem máscara, o decreto no Distrito Federal prevê multa de R$ 2 mil.
O anúncio da saída foi feito em um vídeo publicado nas redes sociais, nele, Weintraub aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
O ex-ministro começa agradecendo o apoio que ele e a família estão recebendo, “eu achava que tinha pouco Weintraub aqui no Brasil, mas cada vez eu sinto que vocês fazem parte da minha família”. Ele ainda confirmou que vai fazer a transição para o próximo ministro seja interino ou definitivo.
Não quero discutir os motivos da minha saída, não cabe. O importante é dizer que recebi o convite para ser diretor de um banco, eu já fui diretor de um banco no passado, volto ao mesmo cargo, porém, no Banco Mundial. O presidente já referendou. Com isso, eu, a minha esposa, os nossos filhos, e até a nossa cachorrinha, Capitu, a gente vai ter a segurança que hoje me está deixando preocupado”
O ex-ministro reforçou o apoio ao presidente e disse: “eu continuarei lutando pela liberdade, só que eu vou continuar lutando de outra forma”. Bolsonaro disse: “é um momento dificil, todos os meus compromissos de campanha continuam em pé, e busco implementar da melhor maneira possível. A confiança você não compra, você adquire. (…) O momento é de confiança, jamais deixaremos de lutar por liberdade, eu faço o que o povo quiser”.
O último ato de Weintraub como ministro foi revogar a portaria sobre a política de cotas em pós-graduações. A medida incentivava as instituições a criarem políticas de inclusão para negros, indígenas e pessoas com deficiência.
Durante coletiva na Câmara dos Deputados realizada nesta tarde (18), o presidente Rodrigo Maia foi perguntado sobre a possibilidade de Weintraub assumir um cargo no Banco Mundial. Maia estranhou a indicação: “É, é porque não sabem que ele trabalhou no grupo Votorantim, que quebrou em 2009, e ele era um dos economistas do banco”.