Skatista trans Luiza Marchiori obtém direito de competir na profissional feminino

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Em um marco significativo para a inclusão no esporte brasileiro, Luiza Marchiori, primeira skatista trans do país, garantiu o direito de competir na categoria feminina profissional pela Confederação Brasileira de Skate (CBSK). Natural de Florianópolis (SC) e originária do Rio Tavares – bairro reconhecido internacionalmente como celeiro de talentos do skate –, a atleta teve sua transição de gênero reconhecida sem a necessidade de recomeçar na categoria amadora.

A decisão histórica resultou da atuação da advogada Larissa Kretzer, que demonstrou a natureza arbitrária e discriminatória da exigência inicial da CBSK. Kretzer argumentou com sucesso que, tendo competido como profissional na categoria masculina até 2023, a imposição de reiniciar a carreira nas amadoras constituía uma barreira burocrática sem fundamento jurídico.

Este caso estabelece um precedente importante para a inclusão de atletas trans no esporte nacional, alinhando-se às discussões contemporâneas sobre diversidade e igualdade de oportunidades no ambiente esportivo. A decisão reconhece não apenas os direitos da atleta, mas também sua trajetória e conquistas anteriores, validando sua identidade de gênero sem impor retrocessos em sua carreira profissional.