Selic a 15% amplia oportunidades em renda fixa, mas exige atenção ao risco

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Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Especialista destaca prefixados e híbridos como alternativas para garantir rendimento elevado no longo prazo com juros em patamar histórico

Com a taxa Selic em 15% – patamar não visto desde 2006 –, os investidores têm diante de si um cenário atrativo para alocações em renda fixa, mas que exige planejamento e diversificação. Adriana Ricci, head de Operações da SHS Investimentos e veterana do mercado financeiro com 25 anos de experiência, destaca as melhores oportunidades e os cuidados necessários nesse momento.

Títulos prefixados: chance de travar juros altos por prazos longos
Os títulos prefixados emergem como uma das alternativas mais vantajosas, oferecendo rentabilidades entre 15,5% e 17% ao ano em vencimentos de até sete anos. “Essa é uma oportunidade única para garantir retornos elevados no longo prazo, mas é fundamental alinhar os prazos com seus objetivos financeiros”, ressalta Ricci.

Pós-fixados: liquidez e flexibilidade para futuras oportunidades
Para quem prioriza acesso imediato ao capital, os títulos atrelados à Selic continuam sendo uma opção relevante. “Eles funcionam como uma reserva estratégica, permitindo que o investidor migre para renda variável quando os juros começarem a cair”, explica a especialista.

Híbridos (IPCA + taxa fixa): proteção contra inflação com retorno atrativo
Produtos indexados ao IPCA com taxas fixas adicionais, como IPCA + 7% ou 7,5%, ganham espaço como hedge contra a inflação, especialmente em crédito privado. No entanto, Adriana alerta: “Esses títulos exigem análise criteriosa, pois envolvem maior risco de crédito”.

Segurança versus risco: onde equilibrar a carteira?
Enquanto CDBs oferecem a garantia do FGC (até R$ 250 mil por CPF e instituição), ativos como debêntures incentivadas, CRIs e CRAs demandam avaliação detalhada dos emissores. “Não basta perseguir o retorno mais alto; é preciso entender o risco por trás de cada produto”, reforça.

Diversificação como regra de ouro
A recomendação principal da especialista é evitar concentração em uma única modalidade. “O ideal é mesclar prefixados, pós-fixados e híbridos para equilibrar retorno, liquidez e proteção contra diferentes cenários econômicos”, conclui Ricci, enfatizando que essa abordagem prepara o investidor para transições futuras, como eventual queda da Selic.

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