A partir do dia 15 de julho, bares e restaurantes poderão reabrir. No entanto, o decreto do GDF é visto com preocupação pelo presidente do CRM-DF
Nesta quinta-feira (2), o governo do Distrito Federal (DF), via decreto, ampliou a flexibilização e autorizou a reabertura de academias, salões de beleza e outras atividades. O Conselho Regional de Medicina (CRM-DF) vê com preocupação a decisão do governador Ibaneis Rocha, uma vez que o DF não apresenta estabilização no número de casos, nem no número de mortes.
O cronograma de reabertura proposto pelo decreto propõe que as academias e salões de beleza voltem a funcionar a partir do dia 7 de julho. Bares e restaurantes estão autorizados a reabrir a partir do dia 15. As escolas, universidades e faculdades da rede privada, no dia 27 e as instituições de ensino da rede pública, voltam no dia 3 de agosto.
O DF, segundo os últimos dados da Secretaria de Saúde, tem 52.221 casos confirmados e 631 óbitos. Na segunda-feira (29), a região tinha 47.071 mil casos positivos e 559 mortes. Assim, o Distrito Federal vem registrando um aumento de mais de 1.200 casos por dia e o número de mortes também preocupa, seriam 18 diariamente.
A taxa de ocupação dos leitos na rede pública está em 63,62%. São 503 leitos no total, com 320 ocupados. A Secretaria está divulgando além dos leitos de tratamento intensivo, as UTIs, os leitos de cuidado intermediário, as UCIs.
Avaliação do CRM-DF
A reabertura econômica observada em outros países aconteceu com o achatamento da curva de contágio e a redução do número de casos e de óbitos. Por isso, o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-DF), doutor Farid Buitrago, vê com preocupação a decisão do governador, isto porque além dos números, o DF ainda não atingiu o pico de contaminação, esperado para metade do mês de julho.
Quanto a capacidade hospitalar do DF, dr. Farid afirma que “ainda não estamos em colapso, mas estamos perto e isso nos preocupa”. O presidente do CRM-DF também demonstra preocupação com os médicos que estão na linha de frente no combate ao coronavírus. “Recebemos queixas pontuais, faltam equipamentos de proteção individual, como as máscaras N95. As condições também nos preocupa, não tem a quantidade de profissionais capacitados para atender a demanda”.