Open Banking: saiba mais sobre novo sistema iniciado ontem (1) pelo Banco Central

Créditos: Marcello Casal Jr

Nova modalidade aumenta competição e melhora serviços oferecidos pelas instituições financeiras

Depois do Pix, o Banco Central (BC) está na onda de concentrar esforços para lançar novas modalidades financeiras que ajudem no dia a dia do brasileiro. Dentro da mesma proposta, ontem (1), o BC lançou a primeira fase do Open Banking, novo sistema aberto que viabiliza o compartilhamento de dados e serviços de clientes entre diferentes instituições autorizadas pelo BC.

Além da circulação dos dados, o novo sistema admite que os usuários movimentem as contas bancárias a partir de diferentes plataformas, não apenas pelo aplicativo ou site do banco. Tudo de forma segura, ágil e conveniente.

“O potencial do Open Banking é muito grande, a gente está falando da possibilidade de compartilhamento e poder usar pedaços de vários serviços e informações financeiras e trazer em um mundo compartilhado para aquele usuário. A gente está falando no limite, da pessoa talvez poder criar seu próprio banco. Da pessoa ter partes que lhe interesse mais em um banco A e parte do seu investimento em uma corretora na opção B, cartões de crédito e pagamento em uma instituição C e trazer tudo isso para uma ambiente compartilhado”, explicou o chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, João André Calvino.

Benefícios

Entre as inúmeras vantagens, está o aumento da competição: com acesso aos dados dos usuários, instituições inscritas terão a chance de poder fazer ofertas de produtos e serviços para clientes de seus concorrentes. Essa prática traz benefícios ao consumidor pois assim, poderá obter tarifas mais reduzidas e condições melhores.

Melhor uso, controle e administração de produtos financeiros. Quem, por exemplo, possui mais de uma conta bancária ou tem conta em um banco e empréstimo em outro, poderá ver todas as suas informações em um único local. O Open Banking impulsionará a inovação e o aparecimento de novos modelos de negócio que oferecem aos clientes uma experiência fácil, ágil, segura e conveniente. Isso favorece a inclusão e educação financeiras da população.

O chefe do Departamento avalia que depois de todos aprenderem o manuseio da ferramenta, a utilização pode viabilizar o aparecimento de novos modelos de negócio. “Modelos de negócio serão criados quando esse compartilhamento for permitido. Isso traz serviços melhores e customizados que de fato atendem as necessidades das pessoas, novos agentes pois incentiva o aparecimento de agentes menores e mais especializados e você tem um ambiente de competição muito melhor ao mesmo tempo que as instituições tradicionais melhoram seus serviços para atrair novos clientes” avaliou Calvino.

Com mais transparência, também se espera melhores definições de melhores políticas de crédito e serviços mais adequados de acordo com os diferentes perfis.

Como as instituições participam?

Créditos: Banco Central

Como dito anteriormente, as instituições que desejam participar precisam ser previamente autorizadas pelo BC. A regulamentação prevê participantes obrigatórios e voluntários, dependendo do porte da instituição e do dado que será compartilhado. Os maiores bancos, por exemplo, são participantes obrigatórios do Open Banking para o compartilhamento de dados.

Essa empresa deve fornecer aos clientes informações claras, objetivas e adequadas sobre o compartilhamento. Além disso, a solicitação de autorização para que a pessoa compartilhe seus dados deve deixar objetiva qual é a finalidade desse compartilhamento, ou seja, ao fornecimento de qual produto ou serviço ele se refere.

As instituições participantes envolvidas no compartilhamento de dados ou serviços devem assegurar às pessoas a possibilidade de encerrar o compartilhamento a qualquer tempo.

lista completa das instituições participantes está disponível no portal desenvolvido pela Estrutura de Governança do Open Banking Brasil.

 

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