Governo limita juros de cheque especial

Edifício sede do Banco Central do Brasil.
Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
Taxa mensal será limitada a 8%. Por outro lado, a mesma medida autoriza que bancos cobrem tarifas para a liberação do crédito.

As alterções foram definidas em novembro do ano passado e implantadas desde o último dia 6. Por enquanto, os bancos só podem cobrar as tarifas para novos contratos, e o limite de juros para quem já é correntista começa a valer no dia 1º de junho. A medida promete aliviar os  bolsos dos brasileiros, especialmente da população co menor renda, já que a modalidade de crédito via cheque especial é uma das mais caras do país.

De acordo com o Banco Central,  a cobrança da taxa ajuda a reduzir o custo do cheque especial. A linha de raciocínio da equipe que desenvolveu tal medida, aposta que desestimular os correntistas a terem  limites altos, reduzirá o custo para os bancos e por consequência, os juros da modalidade.  Os dados divulgados para embasar a mudança aponta que  os bancos disponibilizaram  em torno de R$ 350 bilhões de limite aos clientes, dos quais foram utilizados apenas R$ 26 bilhões a uma taxa média de 300% ao ano ( cerca de 12% ao mês). Desta forma, os R$ 324 bilhões restantes não resultaram em juros para as instituições financeiras, deixando o produto mais caro.

O tempo apontará se tal medida reduzirá ainda mais o poder de compra da população mais pobre, uma vez que a modalidade é a mais utilizada acesso de crédito num momento de necessidade.  Por enquanto, a Caixa,  o Bradesco e o Banco do Brasil não cobrarão a taxa, já o Santander informou que cobrará sobre os novos contratos, uma tarifa mensal de  0,25% do valor do limite de crédito que exceder R$ 500,00.  Como a cobrança é facultativa, é importante que o consumidor pesquise antes de abrir uma nova conta e até analise se não vale à pena mudar de banco.

 

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