Isaquias Queiroz prometeu uma medalha em Tóquio e remou para o ouro nesta madrugada
Ele saiu mordido da disputa da canoagem em dupla, o quarto lugar na categoria C2 impulsionou Isaquias Queiroz a buscar uma medalha na categoria C1 1000m. E o atleta foi o mais rápido nas eliminatórias, nas quartas e na semi. Na grande final, ele seguiu com o gás e a vontade de terminar em primeiro, e assim aconteceu.
Com o tempo de 4m04s408, Isaquias Queiroz colocou mais um segundo de vantagem para o segundo colocado, o chinês Hao Liu, que terminou com o tempo de 4m05s724. A medalha de bronze ficou com o atleta da Moldávia, Serghei Tarnovshi, com 4m06s069.
O canoísta baiano de 27 anos agora tem quatro medalhas em Olimpíadas, três foram nos Jogos do Rio realizado em 2016, e com o feito, ele entra no hall dos grandes atletas brasileiros, como Serginho, do Vôlei, e Gustavo Borges, da natação, os dois também tem quatro pódios em Olimpíadas.
A vitória de Isaquias Queiroz foi dedicada ao falecido treinador do atleta, Jesus Mórlan, que o levou a ser o primeiro atleta brasileiro a conquistar três medalhas em uma única Olimpíada.
“Muito feliz de poder ganhar essa medalha de ouro para o Brasil. Uma emoção muito grande, me dediquei muito desde 2016 até esse exato momento. A medalha no C2 não veio. Nosso objetivo era representar nosso querido treinador, Jesus Morlán, que faleceu em 2018 e conquistou nove medalhas, com essa de hoje, importantes na nossa carreira. Muito feliz de poder estar realizando esse sonho”, disse Isaquias.
Com o ouro no peito, Isaquias já olha para o futuro e mira em Paris 2024. “Vou ser obrigado a ter que ir para Paris para brigar por mais duas medalhas (para ser o maior medalhista olímpico da história do país). O objetivo aqui eram duas medalhas, porque a gente tinha esse pacto com o COB, com o Lauro, com Jesus Morlán, pra transformar em 10 medalhas dele. Ele não pode estar aqui, mas a gente veio com esse objetivo. A medalha de ouro significa muito. No Rio, não veio, mas o Lauro (técnico do campeão) deu continuidade ao trabalho dele e conseguimos. Sabíamos desde o início que essa medalha era minha, não tinha como ninguém tomar de mim. Mostrei isso na semifinal e na final. Agora é ir pra casa, me casar, curtir as férias e começar a pensar em Paris. Volto a repetir, não vou a Paris a passeio, vou pra fazer o que fiz aqui: brigar pelas medalhas e representar bem o país”, completou Isaquias.