Folia sem camisinha? Saiba mais sobre profilaxia pós-exposição

camisinha
Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde

Pesquisa aponta que cerca de 60% dos entrevistados não usam camisinha durante as relações sexuais e com a passagem do carnaval, as pessoas podem buscar o serviço de saúde para a profilaxia pós-exposição

A cada carnaval, os governos local e federal fazem esforços para conscientizar os foliões a fazer o uso da camisinha como método de proteção contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) durante a prática sexual. Os preservativos podem ser encontrados gratuitamente nos postos de saúde.

Contudo, como mostra os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), das pessoas com 18 anos de idade ou mais que tiveram relação sexual nos 12 meses anteriores à data da entrevista, apenas 22,8% relataram usar preservativo em todas as relações sexuais. Outras 17,1% afirmaram usar às vezes e 59% dos entrevistados, nenhuma vez.

Com um número alto de entrevistados confirmando deixar de lado o preservativo, a Secretária de Saúde do Distrito Federal reforça que métodos de profilaxia pós-exposição (PEP) estão à disposição dos cidadãos na rede pública.

“Se o preservativo estourou, foi mal colocado ou a pessoa não o usou, ela pode procurar uma unidade de saúde, onde vai passar por uma consulta na urgência”, explica a enfermeira responsável técnica por questões relacionadas à sífilis da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, Daniela Magalhães.

As pessoas podem ter acesso ao serviço de pós-profilaxia nos setores de urgência e de emergência das unidades de pronto atendimento (UPAs), nos hospitais e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento, que fica na Rodoviária do Plano Piloto.

A rede pública de saúde também disponiliza a profilaxia pré-exposição, o chamado PrEP, que consiste no uso de antirretrovirais para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. 

“Esse é um medicamento que a pessoa toma antes de se expor”, pontua Daniela Magalhães. “Significa que ela vai estar mais protegida caso venha a se expor ao vírus do HIV. Ela veio primeiro para grupos mais específicos e vulneráveis, mas qualquer pessoa que queira pode fazer o uso.”

A enfermeira reforça o compromisso da saúde pública em orientar a população: “Temos que ofertar escolhas para as pessoas. Cada um deve escolher a forma de prevenção que mais combina consigo. Não estamos trocando um pelo outro, mas colocando mais uma camada de proteção”.

A PrEP pode ser encontrada no no Centro Especializado em Doenças Infectocontagiosas (Cedin) e na Policlínica de Taguatinga. A dispensação para quem for atendido na rede privada ou em outro serviço é na Policlínica do Lago Sul, Policlínica de Taguatinga, Policlínica de Ceilândia e Farmácia Escola do Hospital Universitário de Brasília (HUB).

 

*Com informações da Agência Brasília e Ministério da Saúde

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