Estudo revela setores de maior interesse para investidores

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Empresas que chamam mais atenção dos investidores atuam com saúde inclusiva, economia de baixo carbono, alimentação, preservação da biodiversidade e educação inovadora

Saúde inclusiva e bem-estar; economia de baixo carbono e recursos renováveis; alimentação e agricultura; preservação da biodiversidade e cadeias sustentáveis; educação inovadora. Esses são os cinco setores de maior interesse para os investidores de deep techs, segundo o estudo “Investindo em Deep Techs – Como mitigar riscos e viabilizar capital para inovações baseadas em ciência”, realizada pela Wylinka, em parceria com o especialista em investimentos Erik Cavalcante. O levantamento originou um e-book.

O estudo objetiva investigar saídas para mobilizar capital e auxiliar negócios de base tecnológica a obterem sucesso na conquista de novos mercados. O levantamento reúne evidências sobre a importância das deep techs como tendência em inovação e desenvolvimento sustentável em todo o mundo. Além disso, foi feita uma análise de como os investidores podem contribuir e capturar valor no desenvolvimento desses novos negócios e soluções.

Deep techs são iniciativas de inovação com soluções baseadas em conhecimentos científicos que apresentam alta complexidade de desenvolvimento. Para a pesquisa, foram consideradas startups que trabalham com produtos baseados em diferentes áreas. Elas são apontadas como soluções que vieram para ficar, sendo fundamentais na resolução de problemas, como energias limpas, alimentação e agricultura sustentáveis, cidades inclusivas e eficientes, entre outros. 

Investir em deep tech é tendência mundial

De acordo com o especialista em investimentos em negócios de impacto e de base tecnológica, Erik Cavalcante, as deep techs ainda recebem pouca atenção dos investidores brasileiros, mas, “no mundo, vem ganhando cada vez mais espaço como agentes de transformação social-econômico e ambiental, recebendo capital para o seu desenvolvimento”. 

Os investimentos em deep techs cresceram quatro vezes de 2016 a 2020, indo de US$ 15 bilhões para US$ 60 bilhões, no mundo. A previsão é de que, até 2025, sejam aplicados US$ 200 bilhões em empresas do tipo. Os dados são da BCG e Hello Tomorrow. 

Só na Europa, o segmento das deep techs está avaliado em £ 700 bilhões, de acordo com Comissão Europeia, Sifted e Dealroom. 

O estudo da Wylinka aponta que, em âmbito nacional, essa realidade ainda precisa ser incentivada para que o país aproveite de maneira satisfatória seu potencial de inovação no cenário competitivo mundial.

Panorama de Investimentos em deep techs no Brasil

Para compor o levantamento, foi produzida uma pesquisa com a contribuição de 21 gestores e investidores de 20 organizações do setor público e privado. 

Dos investidores participantes, cerca de 90% afirmaram que sua organização investe em ativos de base tecnológica. Deste quantitativo, 36,9% possuem todo o seu portfólio atual composto por este tipo de ativo. Outros 15,8% das instituições

contam com metade de ativos de base tecnológica, enquanto aproximadamente 50% das instituições apresentam proporções menores aplicadas no setor. 

A maior parte das organizações (73,7%) afirmou investir com mais regularidade em ativos tecnológicos já validados e incorporados a um produto em fase de testes para verificar viabilidade mercadológica, e em ativos de base tecnológica já validados e incorporados a um produto aceito por uma fatia de mercado (68,4%).

Menos da metade das empresas (47,4%) investe em ativos baseados em descobertas científicas tangíveis ou inovações de engenharia significativas em fase de testes de viabilidade técnica em ambiente real, e poucas (21,1%) investem em ativos baseados em descobertas científicas tangíveis ou inovações de engenharia significativas em fase de testes de viabilidade técnica em ambiente acadêmico.

Desafios do setor 

A gestora da Wylinka, Maristela Meireles, esclarece que a dinâmica de desenvolvimento de uma deep tech costuma ser desafiadora em diferentes aspectos. Os empreendedores têm perfil mais técnico, o que torna desafiador agregar visão de mercado viável para aplicação das tecnologias.

“Os empreendedores podem encontrar dificuldade em gerir bem os riscos de viabilização tecnológica e de desenvolvimento do negócio, além da capacidade de acessar capital para os seus empreendimentos”. 

Tais riscos, contudo, podem ser gerenciados e mitigados, com a atração de líderes experientes para gerir os negócios e o aumento da disponibilidade de capital via aplicação de arquiteturas financeiras adequadas. O estudo traz exemplos de instrumentos financeiros que estão se popularizando no Brasil e no mundo para diminuir os riscos e viabilizar capital para as deep techs. O levantamento completo está disponível no e-book.

 

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