Com uma das campanhas de vacinação mais bem-sucedidas do mundo, com 91,9% da população alvo já imunizada, o Chile aperta o cerco e aplica restrição de mobilidade para os não vacinados
O ministro da Saúde do país, Enrique Paris, anunciou em entrevista coletiva nesta segunda-feira (27) que as mais de 1,6 milhão de pessoas que ainda não receberam a aplicação das doses de reforço da vacina contra a Covid-19 no Chile, passarão a ter restrições de mobilidade, caso não a recebam até 1º de janeiro.
“Hoje, há 1.627.165 pessoas que estariam ficando com o Passaporte de Mobilidade desabilitado a partir de 1º de janeiro, já que não receberam sua dose de reforço a mais de seis meses desde a segunda dose”, disse o titular da pasta.
O documento é uma credencial do governo, que permite presença em eventos com maior quantidade de público, assim como garante o atendimento no interior de bares e restaurantes.
O Chile tem uma das campanhas de vacinação mais bem-sucedidas do mundo, com mais de 10,1 milhões de doses de reforço aplicada. Na semana passada, autoridades nacionais informaram que, a partir da segunda quinzena de fevereiro, começará a ser aplicada a quarta dose de imunizante no país.
A maior preocupação do Ministério da Saúde do Chile é o atual o avanço da variante Ômicron do novo coronavírus, que foi detectada em 11 das 16 regiões do território chileno, com a confirmação de 248 casos positivos.
Nas últimas 24 horas, foram registrados 760 infecções e 22 mortes por Covid-19, independente da cepa de contágio. Desde o início da pandemia, são 1,8 milhão de positivos e 39.056 óbitos.