
Entre os dias 5 e 12 de maio, Belo Horizonte se tornará o centro da química mundial ao sediar a 59ª edição da Olimpíada Internacional de Química Mendeleev (OIQM-59), uma das competições acadêmicas mais tradicionais e respeitadas do planeta. Reconhecida pela UNESCO, a olimpíada será realizada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), marcando um momento histórico para o país. A organização é uma parceria entre a Faculdade de Química da MGU (Moscou), a Fundação Melnichenko e a UFMG, reforçando a cooperação internacional em educação e ciência.
O evento acontece durante a presidência brasileira do BRICS, reunindo 30 países, incluindo nações da União Europeia, como Áustria, Bulgária e Croácia, além de representantes de Quênia, Cuba, Arábia Saudita e outros. Além de testar os conhecimentos dos jovens talentos, a competição busca expandir horizontes, estimular a troca de experiências e formar futuros cientistas capazes de enfrentar os desafios globais.
Stepan Kalmykov, presidente do comitê organizador e diretor científico da Faculdade de Química da MGU, destaca a importância do evento: “Há quase 60 anos, esta olimpíada reúne jovens apaixonados pela química, criando conexões que transcendem fronteiras. São esses talentos que moldarão o futuro de seus países, e competições como essa fortalecem a colaboração global para um amanhã mais próspero.”
Os participantes, selecionados entre os melhores das Olimpíadas Nacionais de Química, devem estar no último ano do ensino médio ou na pré-graduação. A disputa inclui provas teóricas e práticas, desafiando os estudantes a mostrarem todo o seu potencial. Em 2024, o Brasil foi representado por dez jovens, com idades entre 16 e 19 anos, provenientes de instituições de ensino de São Paulo, Fortaleza e Valinhos.
A escolha da UFMG como sede reforça o papel de excelência da universidade, que está entre as cinco melhores do Brasil e as 20 melhores da América Latina. Para a reitora Sandra Regina Goulart de Almeida, receber a OIQM-59 é um reconhecimento do esforço nacional em fortalecer a educação e a ciência: “É uma honra receber um evento desse porte, que inspira jovens a seguirem carreira na química. Estamos investindo em políticas educacionais e na formação de professores porque acreditamos que a ciência é essencial para o desenvolvimento do país. Esta olimpíada não só impulsiona descobertas, mas também cria laços entre talentos de diferentes nações.”
Os vencedores serão premiados com o troféu em homenagem a Valery Lunin, fundador da competição, além de receberem incentivos financeiros. Com essa iniciativa, o Brasil consolida seu lugar no cenário científico internacional, abrindo portas para novas gerações de químicos e reforçando seu compromisso com a educação de excelência.