Brasil ganhará maior planta de processamento e envase de vacinas da América Latina

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Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

Fábrica irá contribuir de modo expressivo para a autossuficiência na produção nacional de vacinas, economizando aproximadamente R$ 3 bilhões ao ano para os cofres públicos

O Brasil ganhará uma nova fábrica para processamento e envase de vacinas, e a produção do Instituto Butantan e da Fiocruz o país poderá ser autossuficiente na produção de imunizantes, reduzindo o tempo de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) e será uma fonte geradora de empregos.

A empresa por trás da nova fábrica é a GRT Partners, líder do consórcio vencedor da licitação aberta pela Fiocruz e Ministério da Saúde em fevereiro de 2021 para a construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS). A empresa concretizou a assinatura da carta de intenções junto à PowerChina International, o que possibilitará para a GRT Partners equacionar a estrutura de garantias que visa a obtenção do Financiamento de Longo Prazo na modalidade Project Finance.

A PowerChina é uma empresa global com faturamento de aproximadamente US$ 80 bilhões e com mais de 180 mil funcionários atuando em mais de 130 países, trazendo a expertise e a solidez necessárias na construção, além de cumprir com os requisitos de garantia que permitem a contratação do Financiamento de Longo Prazo na modalidade de Project Finance, garantindo a entrega do complexo, consolidando uma parceria de longo prazo entre o Brasil e a China na produção de vacinas para escala nacional e internacional.

O projeto é grandioso e permitirá reduzir as vulnerabilidades nacionais no setor, viabilizando um maior acesso às tecnologias de ponta, dando respostas mais rápidas às necessidades do SUS, com menor custo e gerando empregos. Com isso, a GRT Partners e a Power China International alinharam um cronograma de seis meses preparatório para o início das obras.

Segundo a GRT Partners, a assinatura da carta de intenções representa uma importante vitória frente ao aumento da percepção de risco decorrente do processo inflacionário que afetou o mundo como um todo e provocou uma onda de elevação nas curvas de juros por parte das autoridades monetárias capitaneadas pelos Bancos Centrais.

Investimento de R$ 5 bilhões

A fábrica conta com um investimento de aproximadamente R$ 5 bilhões, distribuídos ao longo de 4 anos. Essa é a maior planta de processamento e envase de vacinas da América Latina, capaz de processar e envasar 180 milhões de doses por ano de diversas vacinas.

Quando pronta, a planta irá gerar 1500 empregos qualificados, além de 5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos na fase de construção. O objetivo é contribuir de modo expressivo para a autossuficiência na produção nacional, economizando aproximadamente R$ 3 bilhões de reais ao ano aos cofres públicos com importação de vacinas. A Fiocruz é a maior exportadora do mundo de vacinas da febre amarela atendendo a OMS e outras organizações mundiais e, após concluída, a fábrica irá gerar R$ 2 bilhões de receita somente com exportações da vacina de Covid-19.

O terreno da planta conta com  579 mil metros quadrados, e terá 324 mil metros quadrados de área construída. A fábrica atende 100% das demandas ESG. Foram plantadas mais de 30 mil árvores em um cinturão verde ao redor da área. Os quase mil funcionários passarão por treinamento em descarte e manejo de resíduos químicos. Toda a água resultante dos efluentes será utilizada no local, que conta com captação e armazenamento da água da chuva.

“Em 2020, o Brasil importou 44% da sua necessidade interna, e com a conclusão da planta esse número irá cair para 2%. O país sai de deficitário para superavitário no campo das vacinas, passando a ocupar um papel de destaque no cenário internacional e ser auto-suficiente em vacinas”, conclui o sócio da GRT Partners, Giovanni Calfat.

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