A regra não financeira dos 33%

Mudanças de planos

Você teve que mudar algum plano seu por conta da quarentena? Eu sim.

Esse ano eu faço 27 anos no dia 27 de maio. Para alguém que já adora comemorar aniversários, nada melhor do que o coincidir da idade com a data para querer comemorar ainda mais, não é? Pois então! Eu tinha planejado passar a semana em Punta Cana, em um resort all-inclusive maravilhoso! Escolhi tudo, fechei a data, fiz as contas… até que veio a pandemia e o isolamento social. Claro que tive que cancelar todos os planos e baixar todas as expectativas. Afinal, muito provavelmente passarei meu aniversário em casa, com uma festa no máximo por vídeo-chamada.

Bom, mas quem dera as mudanças tivessem parado por aí. Depois de algumas semanas de pandemia, o que eu mais temia aconteceu: fui demitida com a promessa de retomar após a regularização da crise. Meu Deus, e agora? O que eu iria fazer sem dinheiro e com todos os boletos que não parariam de vir? A sorte foi que pelo menos os boletos da viagem – em dólar – não iriam chegar! Ufa.

O ponto é que não só eu passei por coisas do tipo. Muitas vidas estão tendo que se reformular durante essa quarentena, seja profissionalmente ou pessoalmente. Independentemente de quem você é ou de qual seja o seu contexto nesse momento, sei que você compartilha comigo a ansiedade de conseguir responder: quando isso tudo vai passar?

A maior lição que toda essa pandemia me ensinou – ou me relembrou – foi que eu não tenho a última palavra sobre nada nessa vida. Na verdade, nunca tive. Independentemente do quanto eu me importe, tem coisas que simplesmente não estão sob o meu controle. E isso me lembra a regra dos 33%.

A regra dos 33%

(Antes de explicar, já inicio pedindo licença aos de exatas e dizendo que os 33% são figurativos e arredondados para soar mais bonito. Dito isso, vamos lá)

Certa vez, em um momento de muita incerteza da minha vida, me ensinaram essa regra que levo comigo até hoje. Em cada momento, nós temos 33% da responsabilidade sobre aquilo que nos acontece ou deixa de acontecer. Ou seja, 33% depende diretamente do seu esforço e dedicação. Outros 33% estão nas mãos de outras pessoas, que estão em contato com você e podem influenciar naquele acontecimento específico. Os últimos 33% estão nas mãos do acaso, de Deus, das energias ou do destino (fica a seu critério).

De qualquer maneira, o que temos que lembrar é de nos preocuparmos com os nossos 33%. O restante não está nas nossas mãos e não podemos controlar. A verdade é que é difícil entregar e confiar, “esperar para ver” não faz muito parte da nossa natureza. Mas, se até hoje conseguimos viver assim, sem controlar tudo, conseguimos continuar por um pouco mais.

Portanto, desafie-se nesta semana a focar naquilo que você pode fazer por você, pela sua saúde mental e física, pelos seus objetivos e por quem você ama. Se proponha desafios e metas. Respeite seu momento e seu humor, respeite seus sentimentos, mas se incentive a ficar e ser melhor – naquilo que você quiser.

Júlia Tudella Bianco é Publicitária paulista vivendo no Planalto Central. “Adoro aprender mais sobre os assuntos da mente e da alma, sempre inquieta na busca por encontrar o melhor jeito de viver essa aventura que é a vida. Apaixonada por viagens, mãe de dogs e na eterna dúvida sobre largar tudo e morar na praia! Já trabalhei em diferentes agências e empresas, atualmente estou me especializando em UX research e, futuramente, em UX writing.” Sigam  a Júlia no insta: @jubianco 

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