A vacinação contra a covid-19 ganhou três datas. Governo aguarda laboratórios entrarem com pedido emergencial de uso junto à Anvisa
O Ministério da Saúde realizou uma coletiva na tarde desta terça-feira (29). Na ocasião, o secretário executivo da pasta, Élcio Franco, disse que o governo dispõe de três datas para o início da campanha de vacinação contra a covid-19.
No primeiro cenário, a vacinação poderá começar a partir do dia 20 de janeiro. Caso não seja possível, a segunda opção seria iniciar a imunização entre o dia 20 de janeiro e 10 de fevereiro. A terceira data seria a partir do dia 10 de fevereiro.
Franco esclareceu que “Isso (o início da vacinação no dia 20 de janeiro) vai depender de uma série de fatores, inclusive de logística, e dos laboratórios estarem em dia com o seu processo de submissão contínua e do processo de registro com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não depende de nós, depende do laboratório cumprir com a sua parte”.
Até o momento, nenhum laboratório fez o pedido de uso junto à Anvisa. Contudo, o secretário executivo do Ministério da Saúde apontou a vacina da Pfizer como uma das opções de compra.
Contudo, a Pfizer, em nota, afirmou ter participado de reunião com a Anvisa para esclarecer as dúvidas sobre o processo de solicitação do uso emergencial. A farmacêutica ainda disse que o pedido ainda não foi feito porque a Anvisa pede uma análise específica para o Brasil. Esta condição estaria atrasando o processo, pois outros países não fazem esta distinção.
Para auxiliar a Pfizer e outros laboratórios neste processo de solicitação do registro, o Ministério da Saúde colocou uma equipe à disposição. “Não temos criado nenhuma dificuldade, apenas primamos pela segurança e legalidade. O que temos pedido desde o início de dezembro é que elas solicitem o registro. Esta é a condição para adquirir. Se falta algum dado ela não nos solicitou”, afirmou Franco.
Outras vacinas
A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a Astrazeneca já concluiu a fase 3 no Brasil e o pedido deverá ser feito em breve. Como informou a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), parceira desta vacina aqui no país, as doses devem ser entregues em fevereiro, a partir do dia 8.
A Sputinik V, a vacina russa, deve começar a fase 3 dos estudos no Brasil. O Instituto Gamaleya pediu à Anvisa autorização para iniciar a pesquisa no país.
Com relação à CoranaVac, o Butantan ainda não divulgou a taxa de eficácia da vacina, mas o Estado de São Paulo recebeu o último carregamento das doses nesta quarta-feira (30).
Compra de Seringas
O Ministério da Saúde realizou um pregão eletrônico para realizar a compra de seringas. A pasta esperava adquirir 331 milhões de unidades, no entanto, o resultado da licitação foi abaixo do esperado. O governo conseguiu garantir 7,9 milhões de seringas, o que representa 2,4% do total esperado.
A compra de insumos é feita, geralmente, por Estados e municípios. No entanto, o governo federal optou por centralizar a ação no Ministério da Saúde. Sendo assim, deverá lançar um novo edital para tentar garantir a quantidade de seringas esperada.
*Com informações da Agência Brasil