Pandemia destaca a importância do fundo de emergência para momentos imprevistos
O brasileiro que decidiu manter a reserva financeira em dia, pode ter passado a pandemia com menos aperto. O fundo de emergência conseguiu se tornar primeira opção, para quem sofreu com as dificuldades causadas pela covid-19. Com a chegada do décimo terceiro salário, os trabalhadores têm a oportunidade de se planejar para ter mais tranquilidade com o orçamento de 2021.
Especialistas afirmaram, que é imprescindível ter cuidado com as dívidas que possuem juros mais elevados como a do cartão de crédito, sendo que estas devem ser priorizadas na hora do pagamento. Quem não consegue pagar o valor total da fatura, e decide empurrar a dívida para frente com o chamado rotativo do cartão de crédito, pode enfrentar taxas de juros que chegam a 300% ao ano.
“Quem receber o décimo terceiro salário pode utilizar da seguinte forma: pagar dívida que tem juros, consumir parte nas festas de fim de ano e guardar uma parte para gastos imprevistos em 2021” afirma o economista e professor licenciado da Universidade de Brasília (UnB) Newton Marques.
O objetivo é que o dinheiro guardado, atue em funções extraordinárias, casos que ninguém pôde prever, como foi com a quarentena do novo coronavírus. “As reservas financeiras são, antes de tudo, importantes para gastos imprevistos. Por exemplo, em saúde ou no conserto do carro ou do imóvel” afirma Newton.
Para o Conselheiro da Associação Nacional de Executivo de Finanças (Anefac), Andrew Frank Storfer, declarou que o maior aprendizado que as pessoas podem absorver neste período de adversidade, é a lição que “todos podemos viver gastando menos”. Por mais que o e-commerce tenha favorecido o consumo, muitos ainda puderam ponderar compras e gastos que são realmente significativos.
“Existe um produto que todos deveriam comprar: a tranquilidade. Ter alguma reserva financeira para imprevistos é sempre bom. Independentemente da pandemia, quem pode olhar para trás e dizer que não teve algum imprevisto nos últimos cinco anos? Que não teve de fazer um tratamento, comprar remédios; quem não teve geladeira ou TV quebrada? Quem não bateu um carro, ou teve de ir ao mecânico? O mesmo se pode dizer dos próximos cinco anos. Sempre há um imprevisto”, disse o conselheiro da Anefac.
Ele lembra, no entanto, que muita gente recebe um salário que mal suporta os gastos básicos com alimentação e moradia. Mesmo assim, sugere, é fundamental fazer esforços, pelo menos no sentido de cortar gastos, na tentativa de guardar um pouco.
“O segredo é equilibrar o desejo de gastar com algum serviço, ou de comprar alguma coisa, com a necessidade de ter reservas e, assim, tranquilidade. Neste fim de ano, presentes podem ser o primeiro gasto a ser reduzido. Ainda mais tendo em vista que há limitações para sair de casa e frequentar lojas e shoppings. Os gastos com serviços e compras do dia a dia devem sempre ser revistos. Há itens que subiram de preço e podem ser substituídos por outros. Procurar alternativas com preços mais em conta pode fazer uma diferença”, sugere o especialista.
*Com informações da Agência Brasil