O tom do discurso da presidente seguiu o seu antecessor, em defesa da democracia e a luta contra as mentiras
Na noite dessa segunda-feira (3), os ministros do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia e Nunes Marques, foram empossados presidente e vice do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A ministra do STF assume pela segunda vez a presidência do TSE, no entanto, o cenário político se mostra diferente do primeiro mandato.
A cerimônia de posse teve a presença do presidente da República, Luís Inácio da Silva e os presidentes da Câmara e Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. Além de outras autoridades como governadores e legisladores.
Alexandre de Moraes, que ocupou a cadeira da presidência do TSE anteriormente, elogiou a colega magistrada e sinalizou que Cármen Lúcia terá uma liderança importante, visto que em outubro ocorrem as eleições municipais.
Elogiada, a nova presidente foi citada como capaz de ter um discurso e uma postura conciliadora, visto que a polarização política segue uma realidade no país.
A nova presidente do TSE, em discurso, elogiou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, e disse que ele foi determinante para a reallização das últimas eleições de 2022, “a ação firme e rigorosa”.
Cármen Lúcia ainda citou Kássio Nunes Marques, que dividirá como ela a responsabilidade da presidência do TSE.
“Eleições livres e democráticas no Brasil”, e ainda destacou o fato da alternância de poder no TSE e no futuro pleito municipal.
“Adoecer as relações de cidadãs e cidadãos” Esse é o grande efeito das fake news, segundo a magistrada.
A ministra citou as mentiras durante o período eleitoral, os factóides criados nas redes sociais. E os efeitos deles nas relações humanas, e a justiça eleitoral terá a responsabilidade de combater essas questões para garantir o direito e a liberdade.
“Isso nos faz humanos e insubstituíveis para as máquinas. Máquinas e telas são apenas coisas. O que não se pode é aceitar o mau uso (das máquinas)”, disse.
“A confiança é a base da democracia”, completou a presidente, que ainda cunhou o termo “algoritmo do ódio”.
Ao finalizar o discurso, Cármen Lúcia foi aplaudida de pé pelo plenário do TSE. Após a fala, a cerimônia de posse foi encerrada.