Senado aprova audiência para ouvir presidentes do BRB e do Banco Master sobre aquisição bilionária de ativos

 

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Audiência pública busca garantir transparência na negociação entre os bancos e proteger o patrimônio público do DF

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (29) um requerimento que convoca os presidentes do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do Banco Master, Daniel Vorcaro, para prestarem esclarecimentos sobre a operação de compra e venda de ações entre as duas instituições financeiras.

O pedido foi apresentado pelos senadores Damares Alves (Republicanos-DF), Leila Barros (PSB-DF) e Izalci Lucas (PL-DF), que manifestaram preocupação com os impactos da aquisição para os cofres públicos e a segurança dos ativos do BRB.

Segundo a senadora Damares Alves, a audiência no Senado será fundamental para promover maior transparência sobre a operação bilionária e garantir o controle social sobre a gestão do banco público do Distrito Federal.

“Há muita inquietação na sociedade. A presença dos representantes das instituições permitirá esclarecer dúvidas e garantir que o processo seja conduzido com responsabilidade e transparência”, afirmou a parlamentar durante a leitura do requerimento.

A data da audiência ainda será definida conforme a disponibilidade dos executivos convidados.

Entenda a operação entre BRB e Banco Master

No fim de março, o BRB recebeu autorização de seu conselho de administração para iniciar o processo de aquisição de 58% das ações do Banco Master. A operação é estimada em cerca de R$ 2 bilhões e ainda depende de aprovação de órgãos reguladores, como o Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Caso a negociação seja concretizada, o BRB ampliará significativamente sua atuação nacional, passando a contar com 15 milhões de clientes, R$ 112 bilhões em ativos, R$ 72 bilhões em carteira de crédito e mais de R$ 100 bilhões em captações.

Apesar do potencial de crescimento, a negociação levanta preocupações sobre o risco dos ativos que podem ser absorvidos pela instituição pública, especialmente em um cenário de instabilidade financeira.

A convocação para a audiência no Senado é vista como um passo importante para assegurar a integridade da operação e reforçar a governança no setor bancário público.

 

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