O congresso será presencial e as inscrições podem ser feitas no site: https://www.weneedtotalkaboutcannabis.com.br/
Acontece no dia 08 de junho, das 13 às 20 horas, no Expo São Paulo, a principal plataforma de negócios da América Latina para o mercado farmacêutico: a FCE Pharma, que reunirá mais de 400 marcas expositoras a oferecer tendências, tecnologias e soluções para unir o mercado vendedor e comprador, com destaque para o congresso WNTC – We Need to Talk About Cannabis (Precisamos Falar Sobre Cannabis).
Com a participação de especialistas no tema, o evento deste ano irá discutir a legislação brasileira, dados de mercado, a importância de testes clínicos e o recente entendimento regulatório da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a possibilidade de produção de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) de Cannabis no país. Além de conferir a programação do congresso, o público terá acesso à FCE Cosmetique, localizada no mesmo pavilhão.
Destinado a debater e desenvolver o mercado de cannabis medicinal no Brasil, o evento traz grandes palestrantes do mercado para discutir sobre as oportunidades que este nicho promissor pode trazer para o país. “A indústria da cannabis faturou globalmente US$ 5,7 bilhões em 2019 e US$ 22 bilhões até 2022, segundo a Brightfield Group. Com dados do Euromonitor, a Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (Abicann) estima que a indústria pode atrair até US$ 30 bilhões e gerar mais de 300 mil empregos dentro de dez anos mercado brasileiro.” – explica Norberto Prestes, Presidente Executivo da ABIQUIFI.
Usados há muito tempo para ajudar a reduzir dor, convulsões e inflamações de diferentes condições, produtos à base de cannabis vêm sendo estudados e apontados como importantes coadjuvantes no tratamento dessas patologias, levando melhor qualidade de vida aos pacientes.
“Não há dúvidas, a cannabis medicinal é uma realidade. O seu uso na medicina já é debatido há anos mundo afora. No Brasil, o assunto ganhou destaque e avançou na indústria quando a Anvisa aprovou o uso de produtos à base de Cannabis para fins medicinais”, ressalta Prestes.
Nos últimos anos, a Agência de Vigilância Sanitária teve um aumento de 2400% nos pedidos de autorização de importação por pessoa física destes produtos. “Somente em 2021, foram solicitadas mais de 38 mil autorizações de importação, um aumento de quase 200% em relação a 2020”, afirma Norberto Prestes.
A Cannabis medicinal se beneficia da experiência acumulada de pacientes e médicos para se estabelecer como uma alternativa de tratamento segura e viável em uma gama de doenças crônicas e, em alguns casos, incuráveis por medicamentos convencionais.
Outro ponto-chave do congresso será o debate sobre a produção de insumos de cannabidiol no país. Em recente entendimento regulatório da ANVISA, uma nova possibilidade se abriu para o setor de Cannabis Medicinal no Brasil: a produção de IFA de Cannabis no país para atender a crescente demanda de produtos autorizados na RDC 327/2019.
Dados da Anvisa apontam ainda que das 33 Autorizações Especiais Simplificadas para Estabelecimento de Ensino e Pesquisa (AEP) protocoladas em 2021, 42% foram referentes à planta Cannabis e seus derivados, o que mostra um aumento do interesse das pesquisas científicas. “O Brasil já possui, desde 2017, um medicamento de Cannabis registrado na Anvisa, e alcançou nos últimos dois anos e meio de vigência da RDC 327/2019 a marca de 18 Produtos de Cannabis autorizados na agência. Todos os esforços são para viabilizar a cadeia produtiva e estudos científicos sobre Cannabis no país, visando ampliar o acesso ao tratamento com qualidade.”, explica Carolina Sellani, Assuntos Estratégicos da ABIQUIFI e Coordenadora do Grupo de Trabalho de Insumos de Cannabis da associação, o qual é composto por empresas e profissionais dedicados ao estudo do mercado de Cannabis medicinal, tendo como objetivo discutir questões regulatórias e legislativas.