Parque de São Paulo recebe projeto de escuta empática

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Foto: Mental Health America (MHA)/Pexels

 A proposta do projeto Estar na Escuta é oferecer um espaço seguro e acolhedor para que as pessoas possam ser ouvidas sem julgamentos

Os parques espalhados pelas cidades em todo o país são símbolos de locais para cuidar da saúde física e mental e inspirados pelo Dia Mundial da Saúde Mental, o Instituto Bem do Estar vai promover no dia 9 de outubro no Parque Buenos Aires, na região central de São Paulo, uma manhã de escuta empática.

Na prática, um grupo de voluntários da organização – psicólogos, psiquiatras, psicanalistas e especialistas em Comunicação Não Violenta (CNV) – ficará à disposição de pessoas que queiram ser ouvidas em um espaço seguro, acolhedor e sem julgamento.

De acordo com os organizadores do projeto Estar na Escuta, não se trata de uma sessão de psicoterapia, tampouco aconselhamento; a proposta é criar um momento de sensibilização individual para a importância de pensar e agir em prol da saúde da mente. A ação, alusiva ao Dia Mundial da Saúde Mental, acontece em 9 de outubro, das 8h30 às 13h00. O Parque Buenos Aires fica na Avenida Angélica, 1.500.

Segundo Isabel Marçal, cofundadora do Instituto Bem do Estar, sabe-se que o processo de falar diante de uma escuta empática favorece o alívio de sentimentos disfuncionais, promove a organização dos pensamentos, o autoconhecimento e aumenta a sensação de bem-estar. “Um dos objetivos é desmistificar supostas certezas acerca da saúde mental. Embora o tema tenha se tornado frequente após a experiência da pandemia, ele ainda é cercado de preconceitos. Levar a escuta para o parque, tornando-a acessível a todos, é uma das formas de desconstruir esses tabus e mostrar que cuidar do mental é tão importante quanto os cuidados com a saúde física”, defende, acrescentando que a proposta central é desafiar as pessoas a mudar o próprio comportamento em relação à saúde da mente. “Queremos colaborar para a prevenção de doenças psicológicas e contribuir para criarmos uma sociedade mais consciente e saudável”, finaliza.

O projeto Estar na Escuta contará, ainda, com uma prática corporal composta de alongamento guiado e meditação conduzida por Pôla Neves – associada do Instituto Bem do Estar – e Carol Rahal, diretora de criatividade e associada do Instituto Bem do Estar. “Embora seja óbvio que os sentimentos influenciam o movimento, não é tão óbvio que o movimento possa impactar os sentimentos. Por exemplo, quando uma pessoa está cansada ou triste, ela se move devagar; quando está ansiosa, o andar é mais rápido ou, em alguns casos, o indivíduo fica paralisado. Estudos têm mostrado que a conexão entre o cérebro e o corpo é uma via de mão dupla. A leitura disso é que o movimento pode mudar o nosso cérebro. É isso que queremos exercitar nessa dinâmica no Parque Buenos Aires”, detalha Carol.

Para o psicólogo clínico Ricardo Milito, diretor científico do Instituto Bem do Estar e que será um dos voluntários da escuta empáticaescutar é construir pontes. “Falar cura e transforma. Na escuta empática a pessoa recebe acolhimento, que a ajudará a perceber os próprios sentimentos e compreender suas necessidades. Escutar é estar com a outra pessoa onde ela está, acompanhando-a na experiência que ela tem naquele momento. Assim, ela passa a ressignificar e ter uma nova compreensão de suas memórias e vivências”, afirma.

 

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