Situado no centro histórico do Rio de Janeiro, a reforma do prédio centenário acontecerá em três etapas a conclusão está prevista para 2022
Criado em 1937 e tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), contempla a história das artes plásticas no Brasil. A reforma do espaço cultural acontecerá em três etapas, com previsão de termino em 2022.
A primeira etapa das obras envolverá a restauração das fachadas, das cúpulas e terraços e a instalação dos sistemas de detecção e combate a incêndio e pânico, além da modernização da parte elétrica. O prédio foi construído inicialmente para ser uma escola e sofreu adaptações para se transformar em museu. Na segunda fase da reforma será realizada a climatização do prédio e a decapagem do hall de entrada, que tinha muitas pinturas nas paredes que foram escondidas em meados do século 20, quando esses espaços foram pintados. A terceira etapa envolve a modernização dos dois auditórios do MNBA.
Orçamento
Mônica Xexéo, diretora do museu, disse que os recursos para a reforma foram liberados pelo Fundo de Direitos Difusos (FDD), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e somam R$ 25,8 milhões, mas a licitação reduziu os gastos da primeira etapa da reforma para R$ 14,8 milhões. “Com o saldo de R$ 10 milhões eu já faço a segunda etapa”, sustentou a diretora. A expectativa é que o MNBA consiga ainda em 2020 em novo edital do FDD ou de outros patrocinadores para completar os recursos. O projeto de restauração do prédio tem orçamento total de R$ 40 milhões. “Todos esses recursos vão aprimorando o museu para uma tecnologia contemporânea”. Mônica destacou ainda que as obras vão gerar entre 450 e 500 empregos diretos e indiretos.
O gestor da obra, o arquiteto Alexandre Vidal, da Concrejato Engenharia, salientou que foi preciso mobilizar uma equipe especializada para restabelecer a ambiência arquitetônica de um espaço que se encontra em funcionamento, embora com redução do número de exposições. “Estamos trabalhando com um museu que está com as portas abertas para o público, o que vai nos obrigar a criar proteções e logísticas especiais para amenizar o impacto da obra na rotina”, destaca Vidal.
Mônica Xexéo destacou ainda que a Concrejato Engenharia, ganhadora da licitação, tem ampla experiência no setor de recuperação de estruturas e restauro de patrimônios históricos e arquitetônicos no país. A Concrejato tem 13 obras de restauro em andamento por todo o Brasil, como o Museu do Ipiranga e o Farol Santander, em São Paulo; e o Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro.