Conheça ainda um projeto que oferece exercícios de forma gratuita, no Sol Nascente e Recanto das Emas
Em um mundo cada vez mais sedentário, a atividade física se torna não apenas uma questão de saúde física, mas também de saúde mental. Conforme especialistas, praticar exercícios regularmente é fundamental, principalmente na terceira idade, pois ajuda a melhorar o humor, reduzir o estresse e a ansiedade, além de aumentar a qualidade do sono e promover uma sensação de bem-estar geral. Além disso, a prática estimula a produção de neurotransmissores, como endorfina e serotonina, que estão diretamente ligados à sensação de prazer e à regulação emocional.
Médica e presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília, a APBr, Renata Figueiredo explica que o exercício físico é um forte aliado na preservação das funções cognitivas, ajudando a prevenir o declínio mental e doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Além de promover a independência, atividades que envolvem força e equilíbrio são essenciais para preservar a mobilidade dos idosos, reduzindo o risco de quedas e melhorando a autoestima.
“Esses exercícios também são um excelente meio de estimular a socialização, combatendo o isolamento social, um dos maiores fatores de risco para problemas de saúde mental nesta fase da vida”, destaca Figueiredo. Ela acrescenta que a falta de atividade física pode trazer sérias consequências para a saúde do idoso. “A inatividade acelera a perda de massa muscular e força, comprometendo a mobilidade e aumentando a dependência para realizar tarefas cotidianas. Além disso, o sedentarismo eleva o risco de desenvolver doenças crônicas, como hipertensão, diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares e obesidade”, afirma.
No campo da saúde mental, a inatividade física está associada a um maior risco de declínio cognitivo e ao aumento de sintomas de depressão e ansiedade. A psiquiatra observa que a qualidade de vida dos idosos sedentários tende a diminuir drasticamente, resultando em perda de autonomia, isolamento social e, em última instância, uma vida mais restrita e menos saudável. Portanto, manter-se fisicamente ativo é fundamental para um envelhecimento saudável. “A prática regular de exercícios, mesmo que de intensidade moderada, ajuda a prevenir doenças, melhorar a saúde física e mental e garante uma melhor qualidade de vida para a população idosa”, conclui.
Exemplo na prática
O Projeto Viver Bem, coordenado pelo professor de educação física, Edivaí Barbosa Leite, tem desempenhado um papel fundamental na promoção da saúde física e mental dos idosos nas comunidades do Sol Nascente e Recanto das Emas. Por meio de atividades como funcional, yoga e artes marciais, o projeto busca melhorar a qualidade de vida dos participantes, combatendo os efeitos do envelhecimento, como a perda de força muscular, equilíbrio e flexibilidade.
Ele explica que para garantir que os idosos se sintam seguros e confortáveis durante as atividades, adaptações são feitas para que os exercícios sejam inclusivos para todas as idades. “Além dos benefícios físicos, o projeto também promove a inclusão social ao fortalecer os laços comunitários entre diferentes gerações, incentivando o respeito e a solidariedade entre crianças e idosos.
Segundo Edivaí Barbosa, os participantes já relatam uma melhoria significativa na energia, disposição e autonomia, o que tem permitido que realizem suas atividades diárias com mais independência. Ele destaca que o primeiro passo para mudar de vida é iniciar atividades físicas de maneira gradual e em um ambiente acolhedor. “Com uma proposta que une saúde e socialização, o Projeto Viver Bem está comprometido em expandir suas atividades, oferecendo a mais idosos a chance de se movimentar, se conectar e viver com mais qualidade. Para os interessados, o convite está feito: conheça o projeto e dê o primeiro passo rumo a uma vida mais saudável e ativa.”