Neste ano, a Campanha Mundial de Higienização das Mãos promovida pela Organização Mundial da Saúde e celebrada no dia 5 de maio tem como foco reforçar que essa simples medida é a saída para a prevenção de infecções, qualidade e segurança do cuidado em saúde. Portanto, a higiene das mãos deve ser vista como essencial para a oferta de uma assistência segura dentro e fora das unidades hospitalares.
A médica infectologista e diretora Científica da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente, SOBRASP, Claudia Vidal, ressalta que durante a pandemia, o hábito de lavar as mãos esteve intrínseco ao cotidiano, porém, com a volta à normalidade a população começa a ficar desatenta à medida sanitária. Nesse quesito, tanto a sociedade quanto os serviços de saúde devem priorizar esta medida simples e eficaz, de modo que os profissionais que atuam na área da saúde e as pessoas em geral estejam unidos para assegurar que a higiene das mãos ocorra durante todo o processo da assistência à saúde.
“O tema deste ano é voltado para que possamos reconhecer que todos, profissionais, pacientes, acompanhantes, visitantes, possam colaborar com a cultura de qualidade e segurança nos serviços de saúde através da higiene das mãos. E, por outro lado, os serviços com uma forte cultura de qualidade e segurança vão encorajar as pessoas a higienizar suas mãos, nos momentos certos e com os produtos corretos”, explica a diretora da Sobrasp.
Ação simples
Pode parecer um ato simples, mas a limpeza dessa parte do corpo é a ação mais eficiente para o controle de infecções e prevenção da transmissão de microrganismos, conforme explica o dermatologista Erasmo Tokarski.
“As mãos são o principal meio de contaminar o resto do corpo. Por meio delas você pode buscar ou levar quase todos os tipos de doenças, como por exemplo, as infecciosas (Escabiose, popularmente conhecida como sarna), bactérias (hepatite, diarreia), vírus (rotavírus, conjuntivite, gripe), fungos (pano branco), micoses e tudo que contém esses agentes causais”, detalha o profissional.
Além disso, o dermatologista alerta que levar a boca, algum alimento ou objeto contaminado também pode ser bastante perigoso. “É importante não só higienizar as mãos, como tudo que ela toca. Caso contrário, essa parte do corpo ficará novamente infectada”, ressalta.
Diante da pandemia mundial por conta do coronavírus, a prática se tornou um dos assuntos muito comentados. Para Erasmo é importante que o tema seja levado a sério e que a população, de forma geral, siga com o hábito até mesmo após o controle da Covid-19.
“De certa forma, a pandemia fez com que as pessoas se tornem mais conscientes e exigentes com o cuidado das mãos. E para nós, profissionais de saúde, o mais importante é sempre a higienização. O álcool gel pode ser utilizado na ausência da possibilidade de limpeza, mas a lavagem é fundamental”, pontua.
Dicas para uma boa higienização das mãos:
- molhe as mãos com água corrente;
- ensaboe as mãos até a o meio do antebraço;
- esfregue a espuma entre os dedos, costas das mãos e unhas;
- siga com a lavagem pelo tempo médio de 20 segundos;
- enxague as mãos e braços em água corrente;
- seque com papel toalha.