Junho Vermelho reforça a importância de doar sangue

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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A campanha Junho Vermelho nasceu para conscientizar a necessidade da doação de sangue. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, apenas 1,6% da população é doadora

Uma única bolsa de sangue pode salvar quatro vidas, um ato de amor e de empatia que virou campanha do Ministério da Saúde: Junho Vermelho. Infelizmente, no país o número de doadores é baixo, representando 1,6% da população.

A médica hematologista do Hospital Anchieta de Brasília, Jackeline Felix, explica que, diferente do imaginário coletivo, doar sangue é um processo fácil, rápido e seguro, além de destacar que, desde o início da pandemia da Covid-19, os bancos de sangue se adaptaram para evitar aglomerações.

Os estoques nos bancos de sangue de Brasília, tanto público como privado, enfrentam constantes baixas nos diversos tipos sanguíneos. Os médicos acreditam que a baixa está ligada aos medos que rondam as pessoas. 

Muitas pessoas acreditam que não se encaixam no perfil de doador, outros têm medo da dor, e um medo recente é a pandemia da Covid-19. Por outro lado, a verdade é que a atuação dos profissionais de saúde possibilita que o processo de doação de sangue seja seguro. Os interessados passam por uma triagem para certificar que a pessoa está apta, e só depois acontece a coleta. 

Por que os bancos de sangue apresentam redução nos estoques?

O Ministério da Saúde expôs dados mostrando que apenas 1,6% da população brasileira é doadora de sangue, e embora o percentual de doadores esteja dentro da recomendação da OMS, é necessário aumentar esse índice, estimulando que mais pessoas passem a doar regularmente, para manter os estoques de sangue em níveis seguros.

Segundo a médica hematologista, existem diferentes motivos para que haja redução no número de doadores, refletindo a escassez no estoque. “Motivos sazonais como as férias escolares de meio do ano e alta temporada de viagem, o aumento de doenças respiratórias com a chegada do frio e da seca, além da pandemia da Covid-19, fazem com que as pessoas fiquem mais em casa e deixem de ir aos bancos de sangue. Todos esses fatores levam à redução das doaçoes”, explica.

Quais são os requisitos básicos para ser doador de sangue?

Dra. Jackeline lembra que alguns requisitos precisam ser seguidos à risca, como: “estar em boas condições de saúde; ter entre 16 e 69 anos de idade; pesar no mínimo 50 quilos; não ingerir bebida alcoólica 12 horas antes da doação; não estar em jejum prolongado antes da doação; não ter feito refeição rica em alimentos gordurosos 3 horas antes da doação”, enumera a médica que também atende no Hospital São Francisco de Brasília. Ela lembra ainda que jovens menores de 18 anos de idade devem possuir consentimento formal do seu responsável legal, e que o limite para a primeira doação é de 60 anos de idade.

Como é feita a doação de sangue?

“A coleta de bolsas de sangue é feita com material descartável, estéril e com produtos registrados na Anvisa. A doação propriamente dita (coleta) não dura mais de 15 minutos. É necessária a observação do doador por alguns minutos, antes da sua saída do banco de sangue, para verificar se não há quaisquer sintomas, como mal-estar, tontura e fraqueza”, explica. A médica lembra ainda que uma vez ao ano, o trabalhador tem direito a um dia de folga para fazer a doação e repousar após a coleta.

“Nos homens, o intervalo mínimo entre cada doação deve ser de 2 meses, respeitando o máximo de 4 doações por ano. Nas mulheres, o intervalo mínimo entre cada doação deve ser de 3 meses, respeitando o máximo de 3 doações por ano”, concluiu.

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