O universo de PME’s composto por MEI, micro, pequenas e médias empresas têm um papel crucial na economia do país. Segundo Silvio Bertoncello, professor de administração e coordenador do Núcleo de Apoio a Pequenos Negócios (NAPEN) e Empresa Jr. da ESPM, essas empresas desfrutam de uma presença significativa em diversos setores e desempenham um papel importante na criação de empregos, inovação e desenvolvimento econômico.
De acordo com o Mapa de Empresas, boletim do 1º quadrimestre/2023, do Ministério da Indústria e Comércio, 93,7% das empresas são microempresas ou empresas de pequeno porte, predominando as atividades do setor terciário da economia, relativas ao comércio e prestação de serviços, geradoras de mão de obra e renda para boa parte da população.
“Qualquer política pública voltada para o apoio e crescimento das pequenas empresas, fomentadas em secretarias estaduais e municipais, serviços de apoio, bancos de desenvolvimento ou ministérios, será de grande valia para o ecossistema empreendedor ajudando a promover o desenvolvimento regional e a reduzir desigualdades econômicas”, diz Bertoncello.
O especialista lista algumas sugestões que considera fundamentais para essas políticas, como a Carga Tributária (revendo limites de faturamento para PME’s, exemplo o MEI pode passar para R$ 150.000,00/ano); acesso a Financiamento (além de liberar crédito, pode ser de grande importância ensinar pequenos empreendedores a gerenciar melhor os recursos e emprestar dinheiro por emprestar pode ser um “desserviço”); tecnologia (investimento em tecnologias e processos de digitalização); capacitação e qualificação (proximidade com escolas, universidades, incubadoras, aceleradoras, enfim entidades que possam apoiar o desenvolvimento e crescimento das PME’s, qualificando empreendedores e colaboradores); infraestrutura limitada (algumas regiões têm condições muito precárias para o desenvolvimento de muitas empresas); concorrência desleal e pirataria (de produtos contrabandeados ou de empresas ilegais. “O novo ministério pode criar projetos ou ter desafios como qualquer órgão público criado para impactar positivamente essas organizações”, conclui Bertoncello.