
Com foco na promoção do bem-estar e na prevenção de transtornos mentais, o Governo do Distrito Federal (GDF) implementa ações inéditas e estruturadas para cuidar da saúde mental de estudantes da rede pública e de servidores públicos. Duas iniciativas marcam esse compromisso: o Programa de Saúde Mental dos Estudantes (PSME), instituído pela Secretaria de Educação (SEEDF), e a primeira política de saúde mental no trabalho para servidores, lançada com participação multissetorial.
Educação pública com acolhimento e prevenção
A Portaria nº 754, publicada pela Secretaria de Estado de Educação do DF, institui o Programa de Saúde Mental dos Estudantes (PSME), que tem como foco a promoção do acolhimento emocional e o desenvolvimento socioemocional nas escolas públicas do DF.
Voltado para todas as etapas e modalidades da educação básica, o programa atua com ações preventivas e de intervenção precoce, promovendo um ambiente escolar mais saudável, inclusivo e sensível às diferenças sociais, raciais, de gênero e territoriais. A proposta inclui atividades de educação emocional, rodas de conversa, campanhas educativas e projetos contínuos sobre temas como relações saudáveis, equidade de gênero, prevenção ao uso de substâncias e valorização da vida.
Segundo a subsecretária de Apoio às Políticas Educacionais, Fernanda Mateus, o programa é uma resposta concreta à necessidade de se criar espaços escolares mais humanos. “Cuidar da saúde mental é tão essencial quanto garantir o acesso ao conhecimento”, destaca.
A execução do programa será feita por psicólogos efetivos da rede pública, atuando com foco coletivo e preventivo, sem atendimento individual, que permanece sob responsabilidade da rede pública de saúde. Em casos de crise, as escolas poderão solicitar apoio por meio do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), com articulação entre educação, saúde e assistência social.
Saúde mental no trabalho: nova política para servidores
Paralelamente, o GDF lançou a primeira política de saúde mental no trabalho para servidores públicos, uma medida considerada urgente diante dos dados: somente nos quatro primeiros meses do ano, mais de 4.200 servidores públicos se afastaram por motivos relacionados a transtornos mentais e comportamentais, com maior incidência entre os profissionais das Secretarias de Saúde e Educação.
A nova política busca promover acolhimento, prevenção e valorização do servidor, com a descentralização das ações entre os diversos órgãos do governo. A regulamentação está em fase de construção, com a participação de um grupo multissetorial responsável por estruturar diretrizes e mecanismos de aplicação nos ambientes de trabalho.
De acordo com um servidor da área da saúde, a ausência de suporte emocional e reconhecimento contribui para o adoecimento. Ele defende a criação de programas de qualidade de vida e acompanhamento psicológico contínuo como estratégias essenciais para enfrentar o problema.
Compromisso com o cuidado coletivo
As duas iniciativas refletem o esforço do GDF para combater o adoecimento psíquico em diferentes esferas da administração pública, considerando tanto o ambiente escolar quanto o ambiente de trabalho. O foco na promoção da saúde mental, prevenção de crises e desenvolvimento humano é uma diretriz comum às ações, que envolvem a educação, saúde, assistência social e gestão de pessoas.
Com a implantação do PSME nas escolas e o avanço da política de saúde mental no serviço público, o GDF reforça o compromisso com ambientes mais acolhedores, humanos e saudáveis — onde aprender e trabalhar não representem risco à saúde, mas sim caminhos para o desenvolvimento pleno.




















