Exposição que une arte, tecnologia e interatividade entra na última semana de visitação

Imagem: Divulgação

Mostra está no Museu Nacional da República (DF) e fica em cartaz até dia 7 de maio, domingo

Fica disponível ao público de Brasília até o dia 7 de maio, domingo, no Museu Nacional da República, a exposição Onírica, que reúne arte computacional, paisagem sonora e performance em instalações que estimulam a interação e a criatividade dos visitantes. O trabalho tem como estrutura principal o programa computacional Onírica, criado pelo artista e pesquisador de arte e tecnologia Carlos Praude. O software cria imagens de paisagens através dos elementos básicos da natureza, terra, água, fogo e ar. O programa apresenta, na mostra, imagens em realidade virtual e o público pode manipular cada uma delas usando controles semelhantes aos joysticks dos videogames.

Na definição de Praude, Onírica “é uma máquina de geração de imagens com uma poética fundamentada nos poemas do Manoel de Barros”. A intenção é estimular a ação criativa das pessoas que entram em contato com a obra. “É uma realidade virtual, em que você pode submergir na água, ou entrar em um ambiente tomado pelo fogo, e isso permite possibilidades de criação para quem interage com o trabalho. E vai além do que se vive no museu, porque o programa Onírica tem acesso gratuito e qualquer pessoa pode baixar e usar”, explica o artista. Para baixar o programa gratuitamente, acesse https://carlospraude.itch.io/onirica.

As obras expostas contam ainda com o trabalho da atriz e performer Rita de Almeida Castro, que realizou interações com as imagens produzidas. As interações de Rita com as paisagens foram registradas em vídeo por Praude. “Fizemos uma instalação em realidade virtual e nesse espaço fazíamos performances, então fomos aos Lençóis Maranhenses para transpor o trabalho com as possibilidades que o espaço produz. No local nos surpreendemos com a fricção dos planos de imaginação virtual com o plano real natural. Normalmente se vai à natureza apreender dela para depois criar, mas em Onírica foi o contrário. Primeiro criou-se imagens de paisagens e depois essas paisagens dialogaram com a natureza”, relata.

A curadoria é de Carlos Lin, artista visual e historiador da arte. Ele pontua que a exposição é fruto de um trabalho integrativo entre as diferentes linguagens. “São campos específicos de ação, mas em permanente relação. Trata-se de proposta híbrida que convoca a performance, de Rita de Almeida Castro, passando pelo aparato de transferência para a imagem e manipulação digital de Carlos Praude. E a paisagem sonora de Felipe Castro Praude. Esse trabalho é um convite para a sinestesia, que aprofunda as camadas de interação entre o objeto de arte e a pessoa que vai até ele, inaugurada justamente em um momento importante no contexto das tomadas de decisões para o país como um todo”, argumenta Lin.

O músico e compositor Felipe Castro Praude explica que a paisagem sonora de Onírica foi feita com timbres dos elementos da natureza (terra, água, fogo e ar). “São sintetizados em cima de séries do artista John Cage e de séries quânticas usadas pelo compositor dinamarquês Kim Helweg. Esses sons são mesclados com diversos instrumentos como tigela de cristal de quartzo, tamborim e taças tibetanas”, explica.

SERVIÇO

Exposição Onírica

Visitação diária até 7 de maio, domingo, de 9h às 18h30

Museu Nacional da República – Sala 2

Entrada Franca

Classificação indicativa: Livre

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