
Apesar da taxa de desemprego ter atingido o menor nível histórico no Brasil (5,8% no segundo trimestre de 2025), o setor atacadista enfrenta um paradoxo: a dificuldade para contratar e reter profissionais qualificados. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que todos os segmentos do atacado registraram saldo positivo de vagas em junho, com destaque para Produtos de Consumo Não Alimentar (+3.196 postos) e Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (+2.117 postos).
Contudo, um estudo do Conselho do Comércio Atacadista (CCA) da FecomercioSP revela que a escassez de mão de obra especializada limita o crescimento setorial. Em áreas de alta tecnologia, por exemplo, o crescimento foi modesto, com apenas 254 novas vagas criadas em Equipamentos e Produtos de Tecnologia da Informação e Comunicação, reflexo direto da falta de profissionais qualificados.
Ronaldo Taboada, presidente do CCA, destaca que “o pleno emprego é uma conquista para o País, mas, para o empresário atacadista, tornou-se também uma batalha diária encontrar e reter bons profissionais”. O capital humano transformou-se no grande diferencial competitivo do setor.
Este cenário evidencia a necessidade de investimentos em formação profissional e políticas de atração de talentos, mesmo em um mercado com indicadores macroeconômicos positivos. A escassez de mão de obra especializada representa um desafio estrutural que requer ações coordenadas entre empresas, entidades setoriais e governo.




















