Conheça ainda projetos de uma escola privada que fazem o bem na capital federal reforçando a empatia e a solidariedade dos alunos
O DF tem atualmente 2,2 mil voluntários. De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, eles fazem parte de programas do governo e prestam serviço em diversas áreas da capital federal. Já a nível nacional, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que 7,3 milhões de pessoas realizaram trabalho voluntário em 2022. Houve um acréscimo de 603 mil pessoas, entre 2019 e 2022, segundo o Instituto. Ajudar o próximo traz benefícios não só para quem é ajudado, mas principalmente para quem ajuda, com ganhos inclusive na saúde mental.
Ser voluntário é tão importante que os praticantes ganharam alguns dias de destaque ao longo do ano, como esta quarta-feira, 28 de agosto, em que se comemora o Dia Nacional do Voluntariado. Conforme especialistas, o envolvimento em projetos sociais e ações voluntárias desde a infância é crucial para o desenvolvimento de uma consciência cidadã e de valores sólidos.
É o que aponta Marianna Taborda, diretora executiva do V2V.net, que há mais de 24 anos oferece consultoria e tecnologia em voluntariado empresarial. “O voluntariado ensina valores, amplia a perspectiva sobre a realidade, estimula a autonomia, forma laços sociais, fortalece virtudes, além de desenvolver habilidades como trabalho em equipe, comunicação, escuta ativa e liderança, entre outros benefícios”, explica. De acordo com ela, o ideal é entendermos desde cedo a importância de praticar a caridade, nosso papel enquanto cidadãos, nosso poder de influenciar positivamente o entorno e o próximo, contribuindo para uma realidade mais próspera e humana.
Ela comenta que “ao alimentarmos o valor do servir, formamos pessoas mais resilientes e conscientes, capazes de enxergar os outros com empatia e não só a si mesmos. Quando usamos nosso tempo e talentos para o bem, entendemos que podemos ser úteis e isso nos fortalece enquanto indivíduos e nos conecta ao propósito de ser luz no mundo. O voluntariado ajuda a amadurecer!”, pontua.
Exemplo em Brasília
Com ações concretas e uma abordagem pedagógica inovadora, o Colégio Everest continua a incentivar seus alunos a se tornarem líderes transformadores, prontos para fazer a diferença na sociedade. Na instituição, o compromisso com a formação integral dos alunos vai além da sala de aula. Pois, a partir do 6º ano, os estudantes são introduzidos ao trabalho social através da disciplina Participação Social, onde aprendem a olhar para a realidade ao seu redor, identificar necessidades e elaborar projetos de impacto.
Sob a orientação dos professores, os alunos são incentivados a desenvolver uma visão mais ampla sobre a realidade que os rodeia, e a colocar em prática valores como solidariedade, generosidade e amor ao próximo. Camila Melo, diretora de Pastoral do colégio, destaca a importância do trabalho voluntário na formação dos alunos: “a experiência de trabalho social começa cedo no Everest, e o objetivo é que eles desenvolvam projetos que os coloquem em contato com realidades diferentes das suas e que deixem um legado para a comunidade. Iniciam com ações mais simples e, ao longo do tempo, os alunos passam a trazer suas próprias propostas, elaborando ações de maior impacto e alcance, o que é extremamente gratificante de acompanhar.”
Um exemplo, segundo Melo, é o programa “Everest in Action”, lançado neste ano. Ela destaca explica: “montamos uma gincana solidária envolvendo os alunos do Ensino Médio. Divididos em equipes, os jovens foram desafiados a realizar projetos de impacto na cidade de Brasília. Dentre as iniciativas em andamento, estão a formação de alunos para liderança social, apoio a instituições por meio de busca de recursos, revitalização de espaços, apoio a refugiados venezuelanos, dentre outras”.
Outro programa importante, citado é o “All For Mão Amiga”, que conta com a participação voluntária dos colaboradores do colégio. “O objetivo é atender às necessidades do Colégio Mão Amiga João Paulo II, uma instituição vinculada ao Everest que oferece educação de qualidade para crianças de baixos recursos na região do Paranoá, DF. É uma ação concreta para apoiar nossa obra social, e é lindo ver todos os colaboradores engajados nessa missão”, ressalta Camila Melo.
Impacto e transformação
Mãe de três alunos do Colégio Everest, Marianna Taborda elogia o comprometimento dos estudantes: “Eles dialogam com seriedade com as instituições e o público atendido, buscando soluções de forma colaborativa e criativa. É emocionante ver o despertar dos jovens para a compreensão de si mesmos como agentes de transformação, capazes de gerar impactos positivos ao seu redor”, afirma.
Camila complementa: “nossos jovens e adolescentes são muito capazes. Quando encontram uma causa nobre desenvolvem sua criatividade, são capazes de convocar amigos e familiares para serem também transformadores. Os projetos ajudam a ampliar o olhar sobre o próximo, nos tiram da zona de conforto, colocam em prática virtudes como a solidariedade, amor, generosidade, compaixão, e é um canal maravilhoso de desenvolvimento de habilidades como a liderança, trabalho em equipe, organização, compromisso, pontualidade”. Ela conclui: “o voluntariado é uma forma muito nobre de colocar em prática a nossa fé, cujo valor principal é o amor, pilar crucial na nossa escola”.