
No Dia Mundial Sem Carro, celebrado em 22 de setembro, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) reforça a necessidade de transformar a mobilidade urbana no Brasil, priorizando o transporte coletivo como eixo central das políticas de sustentabilidade. A data simboliza um chamado à ação para reduzir a dependência de veículos individuais e avançar na agenda de cidades mais inclusivas e menos congestionadas.
Transporte coletivo: vantagens estratégicas
Francisco Christovam, diretor executivo da NTU, enumera os benefícios do transporte público:
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Segurança: ônibus urbanos respondem por menos de 1% das vítimas fatais no trânsito (dados do Ministério da Saúde);
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Sustentabilidade: um ônibus polui oito vezes menos por passageiro que um carro;
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Eficiência espacial: substitui até 40 carros, ocupando 20 vezes menos espaço;
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Equidade social: garante acesso universal ao direito de ir e vir, com tarifas acessíveis e operação regular.
Marco Legal como prioridade
O Projeto de Lei 3278/21, que institui o novo Marco Legal do Transporte Público Coletivo Urbano, está em tramitação na Câmara dos Deputados após aprovação no Senado. A proposta estabelece:
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Nova divisão de responsabilidades entre União, Estados e municípios;
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Modelo de financiamento que separa tarifa pública (paga pelo usuário) da remuneração operacional;
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Segurança jurídica para atrair investimentos e melhorar a qualidade do serviço.
Cases de sucesso: Brasília e Goiânia
As capitais foram destacadas no Seminário Nacional NTU 2025 como exemplos de recuperação pós-pandemia. Estrategias como ampliação de viagens, subsídios à tarifa e manutenção da oferta durante a crise foram decisivas para retomar patamares pré-covid.




















