
O Brasil encerra 2025 com um marco no turismo: mais de 9 milhões de visitantes estrangeiros entraram no país, um crescimento de 40% em relação a 2024 (6,7 milhões) e 30% acima da projeção inicial para o ano. O resultado consolida o país como o de maior crescimento no turismo internacional em 2025, segundo relatório da ONU Turismo.
A receita com turistas internacionais também atingiu patamar inédito: US$ 7,17 bilhões movimentados entre janeiro e novembro, alta de 8,41% sobre o mesmo período de 2024. São Paulo liderou como destino mais visitado (quase 2,5 milhões), seguido por Rio de Janeiro (1,9 milhão), Rio Grande do Sul (1,4 milhão), Paraná (958 mil) e Santa Catarina (651 mil).
A Argentina foi o principal país emissor, com 3,1 milhões de turistas – aumento de 82,1%. Na sequência aparecem Chile, Estados Unidos, Uruguai e Paraguai.
Turismo doméstico em alta
O mercado interno também se destacou: 83,2 milhões de passageiros voaram em rotas domésticas nos primeiros dez meses do ano, tornando o Brasil o quarto maior mercado doméstico de aviação do mundo. Fernando de Noronha (PE), Porto de Galinhas (PE) e Lençóis Maranhenses (MA) foram os destinos nacionais mais desejados.
Impacto econômico e geração de empregos
O setor registrou mais de 1,5 milhão de admissões formais entre janeiro e outubro, com saldo positivo de 90,5 mil novos postos. O turismo de negócios superou R$ 11 bilhões em faturamento até outubro.
Grandes eventos como a COP30 (em Belém), a Cúpula do BRICS (no Rio), o Carnaval e o show de Lady Gaga em Copacabana impulsionaram a visibilidade internacional e movimentaram a economia. A COP30, em especial, reforçou a imagem do Brasil como destino sustentável.
Infraestrutura e previsão para o verão
O Novo Fundo Geral do Turismo (Fungetur) destinou R$ 2,34 bilhões em crédito para o setor desde 2023, fortalecendo a infraestrutura. Para o verão 2025/26, as companhias aéreas programaram 150 mil voos e 20 milhões de assentos, um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O ministro do Turismo, Gustavo Feliciano, destacou o caráter social do turismo: “Tem que ser do povo, pelo povo e para o povo. Porque felicidade e alegria não podem ser questão de classe social”. Já o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou que o resultado comprova “o sucesso das nossas estratégias de promoção”.




















