Com uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil, o objetivo da premiação realizada pelo Grupo L’Oréal no Brasil junto à Academia Brasileira de Ciência e a UNESCO no Brasil é contribuir para a equidade de gênero no ambiente científico
Considerando as últimas tragédias climáticas, o Grupo L’Oréal no Brasil, em parceria Academia Brasileira de Ciências e a UNESCO no Brasil, postergaram as inscrições do Para Mulheres na Ciência, até o dia 01° de julho de 2024. O programa está na sua 19ª edição e, todos os anos, premia 7 jovens pesquisadoras com uma bolsa-auxílio de R$50 mil nas categorias Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas e Matemática. O objetivo é promover maior equidade de gênero na ciência brasileira.
Ao redor do mundo, as mulheres representam apenas 33,3% da população, de acordo com a UNESCO. Apesar do cenário ser mais favorável no ambiente brasileiro, com 54,2% de alunos identificados com o gênero feminino matriculados nos cursos scricto sensu, segundo a Capes, o cenário não se estende aos cargos de liderança. Um estudo feito pelo Laboratório de Estudos sobre Educação Superior (LEES) da Unicamp mostra que o número de mulheres docentes nas universidades cresceu apenas 1% em 18 anos. Dentre os principais problemas enfrentados na carreira estão barreiras invisíveis do gênero como a falta de financiamento dos estudos e a maternidade.
Desde o seu lançamento no Brasil, o Para Mulheres na Ciência já premiou 124 mulheres cientistas, somando mais de 6 milhões de reais. Para participar do programa e concorrer ao prêmio é preciso ter concluído o doutorado a partir de 2016, caso a candidata não tenha filho, e o prazo se estende para as mães de acordo com o número de filhos. O projeto precisa ser submetido através do link Link e deve estar inserido em uma das categorias do programa. A cientista precisa ter o currículo lattes atualizado.
Globalmente, o programa está na sua 26ª edição e, este ano, o Brasil foi destaque com a cientista Alicia Juliana Kowaltowski, professora de bioquímica da Universidade Federal de São Paulo (USP), que esteve entre as cinco premiadas internacionais. A cientista foi reconhecida na região da América Latina e Caribe, e representou o País na cerimônia que ocorreu no dia 28 de maio em Paris.