Metrópoles brasileiras apresentam forte redução das desigualdades e da pobreza desde 2021

Foto: Pexels

Entre 2021 e 2024 a taxa de pobreza caiu de 31,1% para 19,4% no conjunto das regiões metropolitanas, permitindo que 9,5 milhões de pessoas saíssem da situação de pobreza

As principais regiões metropolitanas do Brasil registraram uma expressiva redução da desigualdade e da pobreza entre 2021 e 2024. De acordo com a décima sexta edição do Boletim Desigualdade nas Metrópoles, a taxa de pobreza no conjunto dessas áreas caiu de 31,1% para 19,4%, o que permitiu que 9,5 milhões de pessoas superassem essa condição no período.

O coeficiente de Gini, indicador que mede a desigualdade de renda, recuou de 0,565 para 0,534, atingindo o menor patamar da série histórica. A renda dos 40% mais pobres apresentou crescimento significativo, passando de R$ 474 em 2021 para R$ 670 em 2024. Dezoito das 22 regiões metropolitanas analisadas acompanharam essa trajetória de redução das desigualdades, com exceção de Curitiba, Florianópolis, Grande São Luís e Vale do Rio Cuiabá.

A renda média geral nas metrópoles brasileiras alcançou R$ 2.475 em 2024, o maior valor já registrado. Paralelamente, a taxa de extrema pobreza recuou para 3,3%, representando mais 2,8 milhões de pessoas saindo dessa condição desde 2021. Especialistas atribuem esses resultados à combinação de mercado de trabalho aquecido, controle da inflação e crescimento da renda do trabalho, que beneficiou principalmente a população mais vulnerável.

O estudo é resultado de uma parceria entre o Observatório das Metrópoles, o PUCRS Data Social e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina, com base nos dados da PNAD Contínua do IBGE.